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Archive for the ‘Mãe’ Category

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Um novo prato da Raquel chegou na minha casa. Encomendado para enfeitar a casa da praia, ficou tão lindo que não consegui ficar longe dele e vê-lo apenas nos poucos dias de férias de verão.

Não foi para praia nenhuma. E estreou com um bolo que fiz com a Marina para o vídeo de Dia das Mães da Tastemade Brasil.

O bolo ficou uma delícia: fiz com minha filha uma receita da minha mãe. E assim comemoramos maternidades.

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Aqui, o vídeo com o jeito de fazer, nós três e os micos.

Bolo de chocolate com chantilly e suspiro

Ingredientes

1 xícara (200 gr) manteiga
1 1/2 xícaras açúcar
4 gemas
1 1/2 xícaras farinha de trigo
5 colheres de chocolate em pó
1 pitada de sal
2 colheres de chá de fermento
4 claras em neve
Recheio:
Geleia de morango (ou outro sabor de sua preferência)
2 colheres de sopa de conhaque
250 gr creme de mesa (nata)
3 colheres de sopa de açúcar
gotas de suco de limão
pitada de açúcar de baunilha
Modo de fazer: bata bem a manteiga, adicione o açúcar e bata mais. Adicione as gemas uma a uma, continuando a bater. Misture os secos (farinha, sal e fermento) com a batedeira em velocidade baixa. Asse em forma de 20 cm de diâmetro, em forno médio por uns 30 minutos ou até que o palito saia limpo.

Deixe amornar e corte o bolo desenformado no meio, fazendo duas partes. Passe uma mistura de geléia de morango (ou de outro sabor de sua preferência) com um pouco de conhaque (também opcional) em ambas as partes do bolo. Bata um chantilly (creme de mesa, gotas de limão, açúcar de baunilha e açúcar) e misture com suspiros quebrados. Recheie o bolo com esse creme. Cubra com a segunda parte do bolo e polvilhe açúcar de confeiteiro por cima.

*Nessa hora você pode aproveitar e enfeitar o bolo, como fiz com a flor. Podem ser corações, uma letra, qualquer coisa. Inventei nessa crostata que fiz um dia desses e cuja receita você encontra aqui.

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E a Raquel, que também fez o prato acima, você encontra aqui.

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Minha sogra deixou que seu filho de 22 anos atravessasse o Atlântico, da Itália para morar per sempre no Brasil.

Vou deixar você aí pensando nisso: você, mãe de criança pequena que nem consegue imaginar que ela um dia vá ficar a 500 metros de distância do seu olhar ou abraço. Você, pai de adolescente que tem certeza de que aquela criatura que está aí testando todos os limites vai precisar sempre da sua orientação ou presença. Ou vocês que, ao verem o filho se tornar um adulto determinado e promissor, percebem que têm um companheiro para todas as horas. E então, ele vira para você e diz que vai mudar de país, e para um que fica a 12.000km de lonjura…

Já pensou? Na época, como eu era a que queria que ele viesse, também jovem, jovem, sem planos no horizonte de ser mãe de ninguém, achei natural. Só fui entender o tamanho do desprendimento de minha sogra, o quanto deve ter sido difícil ver esse filho partir, à medida que os meus foram nascendo e crescendo. A ficha caiu quando o mais velho fez os tais 22 anos e eu senti uma dor cúmplice, um grande respeito pela pessoa que acreditou num garoto cheio da arrogância, certezas e coragem inerentes à idade.

O fato é que esse filho veio, assim jovem, para sempre, da Itália para o Brasil. Aqui constituiu família e fez com que essa Nonna visse seus netos crescerem à distância. Mesmo assim, ela conseguiu ser presente, forte, influenciando seus descendentes com suas histórias, receitas e tradições. A ela, minha gratidão e admiração por não ter imposto dores a mais a esse filho desgarrado de casa e país. Por ter me visto como filha, como lar para o filho que partiu. Virou uma mãe longe, mas perto, para nós dois.

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Eu falei receitas? Pense numa mulher que viveu sob a influência das culturas árabe, grega e italiana e as transferiu para a sua culinária. Já falei de uma receita que aprendi com ela aqui, os Tomates Recheados. Hoje, compartilho outra coisa que faz muito sucesso aqui em casa: Penne alla Vodka. Bom e fácil.

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Penne ala Vodka

Ingredientes
Molho de tomate (uso aqueles em garrafa, passatas de tomate sem nenhum tempero além do sal. Ou o molho de tomate caseiro que também aprendi a fazer com a sogra. Assunto para outro post)
3 dentes de alho
Azeite de oliva
Pimenta calabresa ou peperoncino (a gosto)
Sal a gosto
1/2 colher de chá de açúcar
2 colheres de creme de leite
1/4 de copo de vodka
Folhas de manjericão

Como fazer:
Cubra finamente o fundo de uma panela com azeite de oliva. Coloque os dentes de alho e deixe que dourem levemente. Adicione o peperoncino e em seguida coloque o molho de tomate. Tempere com sal e 1/2 colher de chá de açúcar. Abaixe o fogo e deixe apurar, semi-tampado, por uns 15-20 minutos.
À parte, em uma tigelinha, coloque o creme de leite, a vodka e as folhas de manjericão.

Cozinhe a massa seguindo o tempo sugerido para que fique al dente, menos um minuto. Escorra a massa e misture com parte do molho, sobre a chama de fogão por um minuto, para incorporar o molho. Apague o fogo e adicione a mistura de creme, vodka e manjericão. E sirva, com o molho restante em uma tigela para quem quiser mais “molhado”. Parmesão ralado combina.
Bom apetite!

Imagem casa: Pinterest

Foto da sogra: provavelmente feita pelo sogro, 1960, Roma. * A sorte é que ficou um gêmeo com ela lá…

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Quantas vezes acontece de você se pegar fazendo ou dizendo coisas que sua mãe dizia? E que você achava que nunca faria ou diria? Uma pergunta que você não gostava de responder, uma ajuda que você detestava dar, um olhar que você jurou nunca usar com seus rebentos… E pimba, aí está você, perpetuando a educação que, que bom, recebeu.

Se sobrou beijo, você vai beijar muito. Se faltou abraço, você quer abraçar mais. Se rotinas ficaram no seu jeito de ser, com seus filhos você as reproduz. Se o apoio, as conversas, a graça e a leveza marcaram positivamente, você quer replicar essas boas sensações. Somos o claro/escuro de nossos pais, reproduzindo atitudes num outro contexto, numa outra geração.

Sou parecida com minha mãe, sei disso. Fisicamente somos semelhantes e no que se refere a gostos e habilidades, herdei algumas. Do meu pai, as mãos, os pés, o cabelo fininho. O resto que trago deles, acredito, foram escolhas minhas. Dos modelos que recebi, fui aplicando aquilo que me servia, a mim e a meus filhos, alvos da maternidade que há muitos anos exerço.

E meus filhos? Que pais serão? Dos exemplos que receberam, que alternativas vão selecionar? Terão entendido que nãos constroem e que facilitar demais atrapalha? Que querer saber onde vai, com quem vai, a que horas volta, não é invasão de privacidade? Terão guardado na memória os picnics, os bilhetes nas lancheiras, a exaltação aos panoramas, as histórias antes de dormir? As doses-cavalares-de amor-de-mãe? Terão valorizado as conversas, as broncas, os limites, as ausências? Seguirão os rituais, os valores, a organização? Terão dimensionado a delícia de andar na grama, de catar conchas, de colecionar gibis, de ver feijão crescendo? De brincar com fantasias, fazer bolhas de sabão, desenhar, de seguir as pistas de tesouros? Vão fazer vulcões de areia com seus filhos?  Ou se renderão à distração fácil proporcionada por Ipads sempre à mão?

É ali, naquele momento, no exercício da paternidade deles é que vamos ver o reflexo do que fomos como pais. Nos pais que meus filhos serão é que realmente verei a mãe que fui. Seguimos modelos, somos modelos. Bom se todos se lembrassem mais disso.

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Mães

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Alguém já disse que existe só uma.

Discordo.

Tive várias e a todas sou grata pelo que me deram. Para minha mãe, o agradecimento genético e universal pela vida (e tantas outras coisas, ela sabe). À avó Nora, a ternura, o jeito singelo de olhar as coisas, o riso fácil e a curiosidade infinita.  À avó Wanda, exatamente o oposto, também importante para ajustar o percurso: as regras, a severidade, as consequências. E à mãe civil, Despina, aquela que vem no pacote casamento, mãe do meu marido que hoje é também minha, fonte de uma energia invejável, policultural e poliglota, sempre um passo à frente do pensamento coletivo.

A todas, às que aqui estão e às que se foram, um feliz dia.

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Em flor. Madeira.

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Somos quatro. Dos tempos das grandes famílias, dos primórdios da pílula, das donas de casa em tempo integral, quando ter muitos filhos era a ordem natural das coisas. Quando a terceira nasceu, a mais velha não tinha ainda três anos. A quarta veio depois de uma puxada de fôlego, temporã e foco de mimos e desatinos.

Quatro irmãos, mesas grandes, carros grandes, turmas de amigos enormes, saltitando em um apartamento onde ainda viviam dois cães, um deles um avantajado pastor alemão. Tinha sempre alguém brigando por seu espaço: “último no banho!”, “a cadeira tá cuidada!”, “eu vou na frente!”, “eu já tirei a mesa ontem!”, “não fui eu!!!!”.
Um que não comia legumes, para outra nada com cebola, aquela não suportava comer peixe… Dá pra fritar um ovo? O guri fazia tênis no clube, a mais velha encasquetou que queria aprender violão – ups, agora piano! -, aquela levava jeito para a dança, a pequena precisava fazer natação. Amígdalas, pontos, dentista, febre, tombos de bicicleta formidáveis. Inglês, reforço de matemática, a calça ficou curta, festa de aniversário, mais uma, será possível? Quem leva, quem traz? Nesse balé das horas, acabávamos todos, no final do dia, limpos, cheirosos e de pijama, ao redor de uma mesa bem recheada.

Eram os tempos da televisão única em casa, exercício de democracia doméstica: primeiro Bonanza, depois a Feiticeira, quem sabe dá para o pai ver um pedaço do noticiário. Novela para a mãe? Sem chance, devia estar dando conta da bagunça em algum armário ou escondida atrás da máquina de lavar para ser deixada um pouco em paz.

Quatro irmãos. Somos muitos, somos próximos. Sabemos que somos o que somos pela educação e apoio que recebemos de nossos pais, pela presença constante de nossa mãe. E sabemos que podemos contar uns com os outros, sempre. Por essa fraternidade, por esses laços, por essa família, agradecemos: feliz Dia das Mães, D. Christa.

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