Nostalgia é meu nome do meio. Tenho que me cuidar para não me afundar em memórias, relembrar coisas e lugares com um olhar aparvalhado, lagriminha se formando no canto do olho. Minha escola, minhas férias na infância, a casa da praia, as comidinhas de minhas avós. Sei que preservando o que foi importante para ser quem sou, passo para meus filhos memórias que também serão deles, vividas por tabela e, muitas vezes, dando significado a coisas que só DNA explica.
Família e memória, vamos ao que interessa: a casa de minha avó. Palco das coisas mais aventurosas da minha infância, menina de apartamento que era, essa casa já comentada aqui tem lugar de honra no meu jeitão nostálgico. Mato, cipó, fogueira, amarelinha, ameixa no pé, primos, bota 7 léguas, barro, geleia de framboesa, cogumelos, trilho de trem, ludo, bolinho de banana, spätzle, aquário, livros e mais livros, tudo se mistura em recordações deliciosas.
Quando minha avó faleceu, a casa foi vendida. E transformada em uma coisa horrível, pintada de azul piscina em via de acesso pela qual eu sempre passava quando ia a Blumenau. Fechava os olhos, nem queria ver aquilo. Em abril/12, estive lá e tive a grata surpresa de ver que estava linda, reformada, com as cores próximas da original. Não resistimos: pedimos ao senhor que estava finalizando a reforma, se podíamos entrar. A casa estava vazia e recém pintada. Desnecessário dizer que foi emocionante, tudo era como nos lembrávamos.
Então é isso: a casa da Dona Nora, que antes era a casa de campo de seu pai, Oscar Gross, hoje acolhe a Floricultura do Mario, um homem que entendeu o valor que aquele endereço tem para nós. Minha avó, de onde estiver, vê sua casa e agora está feliz: o amor às flores que sempre a acompanhou, mora lá outra vez.
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Jô, que emocionante e lindo esse jeitinho com que você nos conta esta tua estória tão amorosa, guardada sem dúvida, num cantinho colorido e feliz de tuas ricas memórias…
E casa de vó é algo sempre tão bom pra nós… Costuma ser sempre um recanto de puro aconchego, a casa “encantada” de todos que tiveram a delícia de viver uma plena infância!
Eu mesma fiquei daqui encantada com esta casa tão terna e formosa da tua avó Nora…Amei a varanda, as janelas com corações e o poço do teu avô (lembrei daquele desenho da Disney,da Branca de Neve…Lindo!!!)… Por isso, fico também contente em saber que a casa agora tem um novo dono, que entende o significado das estórias ali guardadas, e juntando o útil ao agradável, faz agora deste lugar especial um novo recanto aberto para a felicidade…
Beijo grande no teu doce coração!
Teresa
Que coisa linda ter esse final tão feliz para a casa cheia de lembranças e boas saudades.. Valeu! Está linda! E tua vó, certamente, estará feliz! beijos,chica
Parabéns, por transmitir o mesmo sentimento que Werner e eu sentimos quando lá entramos na casa da Omi Nora e Opi Horst, que agora se tranformou nesta bela floricultura do Mario.
Ela foi “A Casa do Opi e Omi” e agora se restaurou para ficar na nossa lembrança.
Jô querida! não sabia da história desta casa e nem que era esta a casa que pertencia a tua avó… também achava horrível o tempo em que ela era azul, uma tristeza…mas agora, quando fui lá pela primeira vez, fiquei encantada…parabenizei o Mário e sua equipe, a lojinha da Christa, tem tudo a ver e a energia está maravilhosa! não tem quem não fale deste novo espaço criado aqui em Blumenau…e o Mario circula por lá espalhando muito amor pelas flores e plantas…adorei saber e agora fiquei mais apaixonada ainda pelo lugar! já tive uma ideia, me aguarde…bjssssssssss e bom dia!
Jô, adorei a casa da Omi Nora, com toda sua história. Aqui estamos na fase de grandes decisões para mudança: ficar? apartamento? casa menor? chácara? Além disso, o Mario está em grandes arrumações da casa dos pais em Campo do Tenente. No meio de tudo isso, tenho certeza de que ele iria muito feliz morar na casa da Omi Nora! É exatamente a casa que ele adora! Será que dá para trazer a casa para Curitiba? ….
Linda a casinha!!!! Doce, delicada e colorida, como devia ser sua vó… Beijãooo Jô!!!
Jôoo, tu conhece São Martinho em SC??? Eu e meu marido trabalhamos em Armazém, cidade vizinha… É que lá a cultura alemã também é bem forte e a cidadezinha é linda… Tem o café colonial Fluss House, que também vende bolachinhas confeitadas famosas, hehe… Vais amar!!!
adorei JO! passa o endereco da floricultura p/ visitamos qdo estivermos por la. bjs.
Picadas de abelha, barranco descido de casca de bananeira, cheiro de comida, barulho de grilo, escada que rangia, mosqueteiro enorme, sofa de mola e chuveiro que dava choque…
Ai Jô, essa casa é maravilhosa!
quantas lindas lembranças voce deve ter. E tem razão, conserva-las e conta-las faz com que seus filhos também amen suas recordações e sua história. É a preservação das emoções e saudades.
Tive um sitio, amado demais por mim, que depois de vendido demorei 10 anos para passar em frente.
Quase morri ao ve-lo abandonado, sujo, tomado de mato, os portões quebrados.
Quando fiquei parada em frente ao portão, olhando, parecia que ele me dizia “só voce gostava de mim, só voce me amava”.Essa sensação é horrível. preferia te-lo visto lindo e bem cuidado.
Adorei as fotos, maravilhosas. E o texto primoroso, como sempre.
Beijos querida, bom fim de semana.
Filha como me orgulho de ti, da tua da tua sensibilidade e do modo tão lindo como a demonstras. um grande beijo, Mami.
Que bonito, virou floricultura! Admiro muito suas histórias sobre as lembranças da infância vivenciada com os avós, porque eu não tive isso, acho demais quem teve, e valorizo muito, orbigada por compartilhar Jô 😉
Sobre a casa, gostaria de acrescentar: se causa emoção e saudades em ti, imagine em mim!(sonho com ela até hoje, por incrível que pareça mas, são fatos marcantes da infância) Em 1947,(depois de termos passado a 2ª Guerra na Alemanha) voltamos ao Brasil,(mamãe, meu irmão e eu)e fomos morar nela, com meu avô, Oscar Gross,
N I N G U E M , pode avaliar o que esta casa significou para nós! LIBERDADE, ESPAÇO, que nós não conhecíamos.
Na época, meu avô, ainda mantinha vacas em curral, havia pocilgas com porcos, galinhas, patos, e afins, Muito espaço para brincar, e o MATO que tu conheces. ,Plantação de aipim, de milho – meu Deus, eu podia TUDO!!! mexer na terra, estar integrada na natureza.
Esta casa, certamente me marcou fundo. Saimos de lá, em 1953, qdo. então, a Tante Nora e o Onkel Horst, lá se estabeleceram.
Beijo,
Oi Jo, que graca a casa ficou!!! parece de bonecas!!!!!
Jô, que fantástico!! E muito emocionante compartilhar com você suas lindas memórias. Que casa maravilhosa!! É para nunca esquecer , pois o que levamos dessa vida , são momentos , os mais felizes , são os que ficam para sempre! Bjs amiga , Gi
Oi Jo lindas as fotos,passo por la quase todos os dias,e è muito bom ficar admirndo a beleza da casa e das flores.Um beijo grande pra voce
Solange
Delícia de casa…maravilha de lembrancas :)). Adorei!!
bj
Que linda, Jô! Amei! Também sofro de nostalgia! Rs… Beijos, bom final de semana.
As histórias de vida têm um forte cunho emocional, sejamos nostálgicos ou não.
A casa é linda, mas o melhor é a ligação amorosa que você tem com ela, de tal forma que soube expressar de forma lírica esse elo.
Bom final de semana, Jô!
OláJÔ! É muito gostoso ler suas histórias, a maneira como compartilha seus sentimentos… Hoje pude voltar à minha história familiar e a casa da vó! Está lembrada? Na rua Augusto Stresser, quando vc me dava carona durante a faculdade? Fiquei tão contente quando foi tombada pelo patrimônio histórico e depois ter sido comprada por uma familia igualmente sensîvel! Obrigada querida!
Oi Jo,
Temos algo em comum …tambem tenho esses saudosismos, e dá aquele apertozinho no peito.
Casa da minha vó, no interior…todos os registros de infancia alí estavam. Ai que delicia de infancia.
Adorei a história.
Bjus querida!
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como ficou linda a casa!! esse mario deve ser um cara muito legal
lembranças é o q nao falta desta casa , bordados dentro de casa com o frio de rachar ! A vez q chegamos e a Omi tinha feito 8 sobremesas e esquecido o almoço …. A amoreira imensa atras , a casa de bambu no morro ! a sopinha de batatinhas com couve-flor ! o cheiro da árvore na entrada … o cheiro da Omi ! tenho q ir logo pro Br e ir pra Blumenau ver a casa !! uiii q saudades q bateu .aiaiaia
[…] quanto eu gosto que me enrosco em objetos com história já deve ter ficado bem evidente por aqui. Aprecio as coisas que já fizeram parte da vida de […]
[…] se transformar em outras coisas. Mas também deu para ver que sou nostálgica, falo de meus pais, da casa de meus avós, de tempos idos e lembranças boas; valorizo móveis de família, acumulo álbuns de […]
[…] me agradou (ainda por praticidade, não por beleza). Em um canto alemão construído, novamente, por meu avô. Os cupins quase me convenceram a elimina-lo, mas […]
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