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Posts Tagged ‘Memórias’

O quanto eu gosto que me enrosco em objetos com história já deve ter ficado bem evidente por aqui. Aprecio as coisas que já fizeram parte da vida de alguém. Nesse gosto se misturam meu empenho pelo consumo consciente (aquelas coisas continuam sendo úteis, seu uso evitou a compra de um novo), pela preservação de nossas memórias (olhar para um objeto e lembrar de alguém é um jeito de continuar presente) e pelo belo (coisas que duram nas trajetórias de tantas vidas são belas, de algum jeito).

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Em nome disso, depois que conheci os pratos rendados da Rosana, fiquei de olho em umas toalhinhas de renda que encontrei na casa em Leros, que, segundo minha sogra, foram bordadas por sua mãe e tias, lá nos idos dos anos 1930. Um tesouro que quis eternizar em um prato.

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Não é lindo? Rosana, que a essa altura já virou uma expert em toalhas bordadas, me explicou que essa renda se chama Renascença, feita com base em fitas que criam um desenho e são unidas por bordados bem elaborados. Se quiser saber mais, veja esse artigo da Casa Abril.

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Os pratos ficaram lindos e foi difícil escolher apenas um. Em breve, volto para buscar outro!

Contato: rosanaerci@gmail.com Atelier Espaço 8 – R. Cons. Laurindo 80A/lj 05 Curitiba/PR (41)9656-2864

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Uma das minhas mais remotas lembranças da infância, pura e cristalina porque não se apoia em fotos, mas apenas na recordação da cena e das sensações doces a ela relacionadas, é a do meu avô paterno me ensinando a desenhar e pintar. Ele morava no apartamento em cima do nosso e chegava com um leve assobio-senha do qual também lembro muito bem. Tínhamos a nossa hora, o nosso encontro para nos divertirmos assim, com lápis de cor e cadernos. Essas boas memórias habitam o mesmo compartimento das bonecas de recortar vestidos, do Desenhocop, da pintura mágica com água e pincel. Tem gente aí do outro lado da tela que nem sabe do que estou falando…

Infelizmente, meu avô se foi cedo e não tive tempo de perguntar se ele desenhava comigo para agradar sua primeira neta ou porque ele também gostava de pintar e era muito bom nisso.

Hoje, tantos anos depois, decido: ele era muito bom nisso. Me ensinou algumas coisas sobre pintura com lápis de cor que aplico até hoje. O que me faz lembrar dele cada vez que desenho, que bom. Principalmente porque agora tenho lidado muito com caixas de lápis de cor, numa nova mania de ilustrar um livro que tem me tirado o sono e animado meus dias. Os lápis de cor estão de novo na minha vida. As voltas que a vida dá.

Mais um domingo no Croquis Urbanos. Dessa vez, no MON – Museu Oscar Niemeyer. O pessoal é craque, saem desenhos lindos, mas o clima é tão camarada que a gente nem se sente menos capaz.

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Pessoa ritualística que sou, como todas segundas-feiras, fui ao supermercado. Saquei minhas sacolas descartáveis do porta-malas, minha lista e fui fazer as compras, como sempre. Tudo igual.

Mas não estava tudo igual – a lista era menor, não precisei comprar iogurte de morango, nem leite integral, nem Chocomilk de caixinha, nem peito de peru fatiado bem fininho. Nem palmito ou goiabada.  Não precisei me preocupar em escolher as maçãs mais verdes nem as bananas pouco maduras. Pude comprar rúcula, escarola e o requeijão cremoso que eu prefiro.

Aí, na frente da banca de chuchus, veio a dor. Uma lágrima boba, que engoli bem rápido, perante a óbvia dificuldade em explicar emoções na seção de hortifruti. Doeu por dentro, então. No meio de toda aquela gente me vi, jovem, escolhendo as verduras e legumes para as primeiras papinhas, a maçã para raspar, a banana para amassar, os ingredientes para os mingaus, sanduíches da merenda escolar e negas malucas sem fim. Vi um loirinho esperneando no corredor de chocolates, uma menina de olhos verdes negociando uma goiaba vermelha. Me vi escolhendo as velas de tantos aniversários, os confeitos de tantos brigadeiros…

Meus filhos saíram de casa. Um para cada lado, por motivos diferentes. Uma volta um dia, o outro foi construir seu canto, a sua vida. Olho em volta e vejo uma casa que acaba de crescer, como num passe de mágica. Silenciosa, limpa e organizada. Chata. O tal do ninho vazio se realizou.

A comida sempre foi meu melhor meio de mimar, de demonstrar meu afeto e cuidados. Era escolhendo os ingredientes que eu juntava os elementos de minhas pequenas declarações de amor diárias. E foi na hora que percebi que parte do público para quem preparava meus bilhetes culinários não está mais aqui é que a dor apareceu. Bem na frente dos chuchus.

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irmãosFilhos da mãe

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Nostalgia é meu nome do meio. Tenho que me cuidar para não me afundar em memórias, relembrar coisas e lugares com um olhar aparvalhado, lagriminha se formando no canto do olho. Minha escola, minhas férias na infância, a casa da praia, as comidinhas de minhas avós. Sei que preservando o que foi importante para ser quem sou, passo para meus filhos memórias que também serão deles, vividas por tabela e, muitas vezes, dando significado a coisas que só DNA explica.

Família e memória, vamos ao que interessa: a casa de minha avó. Palco das coisas mais aventurosas da minha infância, menina de apartamento que era, essa casa já comentada aqui tem lugar de honra no meu jeitão nostálgico. Mato, cipó, fogueira, amarelinha, ameixa no pé, primos, bota 7 léguas, barro, geleia de framboesa, cogumelos, trilho de trem, ludo, bolinho de banana, spätzle, aquário, livros e mais livros, tudo se mistura em recordações deliciosas.

Quando minha avó faleceu, a casa foi vendida. E transformada em uma coisa horrível, pintada de azul piscina em via de acesso pela qual eu sempre passava quando ia a Blumenau. Fechava os olhos, nem queria ver aquilo. Em abril/12, estive lá e tive a grata surpresa de ver que estava linda, reformada, com as cores próximas da original. Não resistimos: pedimos ao senhor que estava finalizando a reforma, se podíamos entrar. A casa estava vazia e recém pintada. Desnecessário dizer que foi emocionante, tudo era como nos lembrávamos.

Poço feito por meu avô.

Então é isso: a casa da Dona Nora, que antes era a casa de campo de seu pai, Oscar Gross, hoje acolhe a Floricultura do Mario, um homem que entendeu o valor que aquele endereço tem para nós. Minha avó, de onde estiver, vê sua casa e agora está feliz: o amor às flores que sempre a acompanhou, mora lá outra vez.

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Somos quatro. Dos tempos das grandes famílias, dos primórdios da pílula, das donas de casa em tempo integral, quando ter muitos filhos era a ordem natural das coisas. Quando a terceira nasceu, a mais velha não tinha ainda três anos. A quarta veio depois de uma puxada de fôlego, temporã e foco de mimos e desatinos.

Quatro irmãos, mesas grandes, carros grandes, turmas de amigos enormes, saltitando em um apartamento onde ainda viviam dois cães, um deles um avantajado pastor alemão. Tinha sempre alguém brigando por seu espaço: “último no banho!”, “a cadeira tá cuidada!”, “eu vou na frente!”, “eu já tirei a mesa ontem!”, “não fui eu!!!!”.
Um que não comia legumes, para outra nada com cebola, aquela não suportava comer peixe… Dá pra fritar um ovo? O guri fazia tênis no clube, a mais velha encasquetou que queria aprender violão – ups, agora piano! -, aquela levava jeito para a dança, a pequena precisava fazer natação. Amígdalas, pontos, dentista, febre, tombos de bicicleta formidáveis. Inglês, reforço de matemática, a calça ficou curta, festa de aniversário, mais uma, será possível? Quem leva, quem traz? Nesse balé das horas, acabávamos todos, no final do dia, limpos, cheirosos e de pijama, ao redor de uma mesa bem recheada.

Eram os tempos da televisão única em casa, exercício de democracia doméstica: primeiro Bonanza, depois a Feiticeira, quem sabe dá para o pai ver um pedaço do noticiário. Novela para a mãe? Sem chance, devia estar dando conta da bagunça em algum armário ou escondida atrás da máquina de lavar para ser deixada um pouco em paz.

Quatro irmãos. Somos muitos, somos próximos. Sabemos que somos o que somos pela educação e apoio que recebemos de nossos pais, pela presença constante de nossa mãe. E sabemos que podemos contar uns com os outros, sempre. Por essa fraternidade, por esses laços, por essa família, agradecemos: feliz Dia das Mães, D. Christa.

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Minha amiga mais antiga, desde sempre e da melhor qualidade, fez parte de tudo que aconteceu na minha vida, simples assim. Amiga daquelas que cobrem as lacunas de nossas próprias lembranças. Dia desses me contou que ela, duas de suas irmãs e os pais se reuniram para uma roda-viva de fotografias.

O pai, exímio fotógrafo desde os tempos das nossas saias curtas e meias três-quartos, desengavetou fotos dos tempos idos. Na mesa, café quentinho, bolo morno e fotos esparramadas. Diversão garantida: olha esse cabelo, que óculos são esses, que fim levou essa boneca, como-é-que-você-me deixava-sair-assim, quem é esse guri aí do meu lado… De família com sobrenome que justifica serem bons contadores de história, a tarde foi recheada de causos, despertar de memórias escondidas, riso solto pelos fatos relembrados.

Achei a ideia ótima: abrir caixas, gavetas e álbuns, rever fotos guardadas e passar uma tarde com alguém que pode remexer a nossa história, dar nome ao que quase foi esquecido, datar nossas lembranças, dar sentido ao que somos hoje. Recomendo.

Do Blog da Silmara Franco: Joguei memória com as crianças, era de bichos. Acertei três, só. Não sou boa em lembrar das coisas passageiras, ainda mais aos pares. Meu negócio é o passado, com recordações tão eternas quanto únicas. Vou virando uma por uma, e não encontro nenhuma igual à outra. Crio, assim, meu próprio jogo: algumas eu deixo viradas para baixo – não fazem falta. Outras, para cima. Para sempre.

Falei em tarde em torno de uma mesa, boas lembranças, café e bolo. Que tal então uma receita da minha avó Nora, do Bolo Inglês com o qual nos recebia sempre que chegávamos para as férias de inverno em Blumenau?

Bolo Inglês

Ingredientes

4 ovos – pese os ovos e utilize o mesmo peso de:
– manteiga
– açúcar
– farinha de trigo
* costuma ficar em torno de 200gr. para cada ingrediente
1 pitada de sal
1 colh. de sopa de açúcar de baunilha
2 colh. de sopa de conhaque
2 colh. sopa de passas amaciadas em água morna (aqui “optamos” por não colocar porque o marido não gosta).

Modo de fazer: bata bem com a batedeira a manteiga em temperatura ambiente. Adicone o açucar, o açucar de baunilha e a pitada de sal e continue batendo bem. Quando a massa estiver bem lisa, adicionar 2 ovos inteiros e 2 gemas, separando 2 claras. Coloque um ovo de cada vez. Aos poucos, sempre batendo bem com a batedeira, adicione o trigo peneirado. No final, o conhaque. Mistura suavemente com as claras em neve. Colocar em forma retangular, tipo de pão, untada. Forno bem quente nos primeiros 5 minutos para fazer a rachadura em cima. Mais uns 40 minutos em forno médio. Se gostar, polvilhar açúcar por cima.

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Quem não tem problemas de memória, que se manisfeste.

Silêncio….

Pelo menos vejo que não estou sozinha nesse mundo de esquecidos. Nos dias de hoje, com tantas informações para filtrar, assimilar, relacionar e utilizar (e de Google para consultar), reter passou a ser supérfluo, quando não impossível.

Não importa a idade (ok, quanto mais velho, mais a memória falha. Mas reflita: quanto mais velho, mais experiências vividas, para que lembrar de tudo?). Voltando. Não importa a idade, é inevitável nos dias de hoje estarmos afundados em exigências de toda a espécie: trabalho (e aqui encaixo tudo: profissão, cuidados com o lar, cozinha, cuidar de filhos, etc, etc, etc), agenda lotada (aqui de novo o resto: médico, dentista, buscar filhos em tudo que é canto, salão, compras, encontros sociais), trânsito caótico, e…deixa pra lá. Deu para ter uma ideia, certo? No meio disso tudo, como não esquecer algo? E a lista do que esquecemos pode ser longa e com os mais diversos níveis de importância:

– nome dos filhos. Ficou chocado? Acontece. Se tem mais de um, cresce a chance de você desfiar uma longa lista de tentativas que vão dos nomes dos irmãos, ao do marido, passando pelo do cachorro, para finalmentete acertar o nome desejado e a criança já estar fora de alcance.

– uma panela no fogo, um bolo no forno, uma chaleira secando, uma cerveja no congelador.

– um cachorro no elevador (acontece com uma frequencia alarmante aqui em casa: saímos com a cachorrinha para passear e quando voltamos, entramos em casa bem lampeiros e esquecemos a pobrezinha dentro do elevador… E olha que ela é amadíssima).

– um filho na porta da escola (essa é dura, mas acontece).

– onde colocou a chave do carro, a carteira, os óculos, a bolsa inteira.

– onde colocou o carro. Aquelas pessoas que a gente vê com um sorriso amarelo em estacionamentos de shoppings. Sim, elas não sabem onde colocaram seus carros.

– o celular. Ou só o número do próprio celular.  E a senha do cartão, a senha do alarme, a senha do computador…. O número do CPF, da identidade. A própria idade.

– uma consulta marcada, o horário da manicure, para-onde-eu-estou-indo-mesmo enquanto dirige.

– o nome de uma pessoa – essa é um pesadelo recorrente. Você ali, em geral com seu marido ao lado, o que significa que deveriam acontecer apresentações, e vê se aproximar aquela pessoa que conhece, mas cujo nome evaporou… Sugiro fazer de conta que esqueceu o nome do marido: “Esse é o…, esse é o….” . A pessoa nem vai reparar se você não lembrar o nome dela.

– lembra de onde estava, o que a pessoa disse, mas não lembra nem sob tortura quem era a pessoa. Ou lembra da pessoa, do que ela estava vestindo, da conversa que tiveram, mas não há santo que te faça recordar em que restaurante estavam. Retalhos de memória, diria meu marido.

Pobres cabeças, não há como reter tantas coisas. Portanto, o primeiro passo é admitir isso: não há como reter tantas coisas (repetindo, caso tenha esquecido). O segundo passo é, rendido ao primeiro, buscar formas de ser generoso com sua saturada memória e oferecer a ela tábuas de salvação. Aqui vão as minhas. Se você tiver outras, mande que adiciono à lista. Desmemoriados, unamo-nos!

1. Uso agenda. Marco tudo. É bom para lembrar do que devo fazer amanhã e, daqui a dois dias, lembrar do que fiz anteontem.

2. Se cozinha ou lida com qualquer coisa que precisa ser lembrada para não estragar: timmer! Ou filho com cronômetro. Eles adoram.

3. Coisas que tendem a misteriosos desaparecimentos como chaves do carro, celular, pinças e tesouras de unha, precisam ter um lugar só seu e este deve ser respeitado feito altar.

4. Precisa devolver o prato de bolo da mãe, o livro para a amiga, as sacolas de pano para o carro, entregar os documentos para o contador? Tudo vai sendo acumulado em um ponto perto do elevador ou da porta para a garagem  NA HORA em que lembro de colocar, nunca DAQUI A POUCO. Daqui a pouco é igual a esquecer.

5. Estrela na mão: um jeitinho todo meu de lembrar coisas urgentes e que não podem ser esquecidas num pequeno espaço de tempo, viram uma estrelinha desenhada nas costas da mão. Eu sei o que  representam (quando não esqueço), que pode variar de lembrar de comprar o peito de peru fatiado para o Leo, ligar para dar o nome do remédio para minha cunhada ou o aniversário do primo em Blumenau.

Estou esperando as suas dicas!

Ser esquecido também tem suas vantagens: dá para ler várias vezes o mesmo livro ou ver mais de uma vez o mesmo filme, tudo parece sempre uma completa novidade.

Esse é um filme lindinho que assisti recentemente e que mostra isso, o resgate de memórias de uma mulher quando chega aos 40, da menina que foi aos 7. Lembranças dela para ela mesma. Vale a pena.

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Comecei a falar de memórias e nelas vou permanecer mais um pouco. Amêndoas novamente passeando pela casa, prato lindo e novo da Le Lis Blanc e receita de bolo preferido do meu avô. Não havia como resistir… Homenagem a um avô com quem convivi por apenas 14 anos, mas que foi muito importante na minha história. Já falei um pouco dele aqui.

Agora quero colocar esses dois lindos pratos na parede. Alguém sabe me dizer onde encontro aqueles suportes que nasceram para isso, segurar e pendurar pratos na parede? Aguardo dicas, obrigada.

A receita está logo abaixo. Antes, um filme que você provavelmente já assistiu. Se não, providencie uma caixa de lenços de papel e mergulhe. Um filme que mostra que memórias nos preservam.

Bolo Celestial

Massa

280 gr. manteiga

140 gr. açúcar

1 gema + 1 ovo inteiro

1 pitada de sal/ 1 pitada açúcar de baunilha/ raspa de limão

280 gr. farinha de trigo

1 pitada de fermento em pó

Para jogar por cima da massa antes de levar ao forno: 

1 clara batida em neve

1 xícara de amêndoas descascadas e picadas

3/4 xícara açucar cristal

Açúcar de baunilha/ raspa de limão

Modo de fazer: bater bem a manteiga com o açúcar, sal, baunilha e raspa de limão. Adicionar a gema e ovo inteiro. Depois de bem batido, acrescentar o trigo e o fermento peneirados. Assar em forma de abrir em 4 ou 5 camadas finas, pinceladas com a clara batida em neve e uma punhado da mistura de amêndoas e açucar cristal jogada por cima. Assar em forno médio, até que ainda esteja claro (mais ou menos 15 minutos). Desenformar cada camada ainda quente e colocar para esfriar em cima de papel. Elas ficam crocantes à medida que esfriam. Montar o bolo, recheando com chantily entre as camadas. Delícia.

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Já vou avisando que vou me contradizer.

Estou sempre dizendo aqui que não devemos guardar coisas que não são mais úteis ou são demais. Essas podem ir embora para servir a outras pessoas ou se transformar em outras coisas. Mas também deu para ver que sou nostálgica, falo de meus pais, da casa de meus avós, de tempos idos e lembranças boas; valorizo móveis de família, acumulo álbuns de fotografia.

É contraditório? Mais ou menos. Porque tem coisas que simplesmente precisam ficar. Ficar para a gente poder recordar algo ou alguém. E depois, ficar para que se lembrem da gente.

Nessa categoria de coisas guardáveis, longa lista se forma:

Receitas. Quantas coisas cozinhamos com receitas de avós, tias, mãe? Sabores e aromas que nos lembram de pedaços de nossas vidas? E as receitas que fazemos e vão se tornando a nossa cara, a Nêga Maluca da Jô e da Dóris, os bolos da Christa, o Moussaka da Despina, as tortas salgadas da Angela, o cozido da Mari, o quibe do Eros, o tiramissú da Nizza, a pizza do Tino? Receitas precisam ser guardadas. Fim de papo.

Móveis, louças, objetos. Se estão ainda hoje na sua casa é porque pertenciam a alguém com quem você se importava. E ao usá-los, eles cumprem o seu papel: te lembram do dono anterior.

A história dessa caixa está aqui.

Cartas. De amor então, nem se fala. Aqui em casa estão guardadas as muitíssimas cartas escritas em dois anos anos de namoro no eixo Brasil-Itália, na era pré-internet e de preços exorbitantes de chamadas telefônicas (se disser que tinha até telefonista envolvida nisso, vão perceber que já faz algum tempo…). Estão socadinhas em uma enorme caixa nada charmosa, mas ficam.

Desenhos e lembrancinhas dos filhos pequenos: eles crescem, minha gente, e rápido. E tudo aquilo que a gente achava inesquecível e permanente, vai se diluindo com o tempo. Guardar desenhos, frases e detalhes de infâncias tem um grande valor para eles quando crescem e para nós quando os vemos adultos.

Fotografias: quem não guarda? Só quem tem um coração de pedra. Álbum, arquivos de computador, porta-retratos, caixas de sapato… Vale tudo. Mas, uma dica: coloque datas, nomes, o que era e onde foi. Muitas informações se perdem quando os donos das fotos se vão e ficamos com imagens indigentes…

Para concluir, um achado. Um livro que permite que avós deixem sua história para seus filhos e netos. Achei num sebo, só trouxe para fotografar e já preciso devolver. Mas vou procurar. As avós de meus filhos são pessoas especiais e inesquecíveis, já deixaram suas marcas nos corações e memórias dos netos, mas poder rever a própria história é um exercício importante que todos deveríamos ter a oportunidade de fazer.

 

Tinha mentido. Só agora vou concluir com a foto do melhor colo do mundo. Como não guardar?

Para saber mais sobre o livro, entre aqui.

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Conheci muita gente que depois das grandes enchentes em Blumenau, lamentava não a perda de móveis ou roupas carregadas pelas águas, mas das fotografias da família, essas sim, insubstituíveis. Nos dias de hoje vejo histórias parecidas, mas geralmente associadas a roubos de laptop ou queima de computadores: “perdi todas as fotografias do primeiro aniversário do Andrezinho…”.

Hoje, quando pensamos em memória, nos vêm à cabeça as palavras pen-drive, back up, arquivos. Mas eu ainda prefiro caixas, porta-retratos, álbuns. No lugar das memórias voláteis e tecnológicas, valorizo as fotos que posso pegar, guardar em estantes, o ato de depositar no colo de alguém um pesado volume com um pedaço da minha história.

É claro que não escapei da era digital e esse blog é a prova disso. Mas ainda procuro produzir álbuns comemorativos. Nada muito scrapbook, pois comecei a fazer isso muito antes da chegada dessa febre ao Brasil. Uma simples coleta de fotos com o objetivo de contar uma história. Fiz isso nos 40 e 50 anos de casados de meus pais.

Nos 25 anos do marido no Brasil.

Marina também fez um álbum lindo para os nossas Bodas de Prata.

E tem um só de fotos tiradas na janela da casa da praia, pasmem…

Minha mãe é uma avó do tipo “deixa eu te mostrar os meus netinhos” e por isso ganhou esse albunzinho portátil que carrega na bolsa com um breve histórico familiar. Esse foi feito pelo Emerson.

Para avós levarem na bolsa com fotos de resumo da família. Sucesso total.

E tem as fotos que sempre sobram, reveladas a mais ou tão antigas que nem se sabe onde colocar. Essas moram em uma caixa na sala, decorativa e fonte de divetimento constante, pois os amigos gostam de fuçar para ver se se encontram entre as imagens.

E deixo umas ideias de como expor suas fotografias pela casa.

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