
Poty Lazzarotto (1924-1998), junto com nomes como Paulo Leminski e Dalton Trevisan, é a cara de Curitiba. Nesse sábado, lendo o jornal no café da manhã, encontrei a notícia (que considerei um convite): passeio de ônibus pela cidade, vendo os murais de Poty, ciceroneada por uma especialista no assunto. Irresistível. Fui.
Saindo do já comentado Museu Oscar Niemeyer, onde nos fins de semana acontece o ParCão, passeamos pela cidade em um confortável ônibus da Volvo (pausa para palmas aos envolvidos nessa iniciativa simples e eficiente).

O MON e o ParCão.
Visitamos 4 murais (são algo em torno de 40, só em Curitiba – tem também em Paris e na ONU em Nova Iorque).

Fachada do Teatro Guaíra.

Detalhe do mural do Teatro: Shakespeare.

Praça 19 de Dezembro. O primeiro mural: 1953

Largo da Ordem. Foto afanada do Circulando por Curitiba

Do outro lado da rua: Trav. Nestor de Castro.

Tudo Curitiba: pinhão, pinheiro, ligeirinho, guri, Farol do Saber, Jardim Botânico…

Vitrais na biblioteca da PUC. Lindos.

Largo da Ordem, agora em vidro.

Durante o trajeto, Daniela Pedroso, a craque em Poty, levantou uma questão que saiu junto comigo do passeio e ainda está aqui no meu bolso mental: o quanto nossas crianças hoje em dia aprendem através de estímulos visuais, mas ao mesmo tempo, o quanto não se atêm mais a detalhes. O bombardeio de informações nos faz quase incapazes de filtrar o que realmente importa. O reflexo disso, associado, é claro, à pressa, ao trânsito e à cabeça pensando em 1000 coisas, é que passamos por tantos lugares e obras de arte em nossas ruas e praças e nem percebemos que elas estão ali. Que desperdício.
A gente devia andar pelas calçadas. A gente devia olhar em volta. A gente devia sentar em bancos de praças. Ouvi dizer que a vida já foi assim.
Mais informações sobre Poty, nesse post do Circulando por Curitiba. E no livro da Daniela Pedroso, Poty: Murais Curitibanos, à venda na loja do Museu Oscar Niemeyer.

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