
Sempre gostei de ler. A combinação cama-abajour-livro para mim é imbatível, e com um friozinho lá fora, então, sensacional. Ok, a cama pode ser substituída por sofá, rede, toalha na areia, cadeira macia, colo… você escolhe. Tenho minhas preferências, é claro. Livros densos relaciono com estudo, enquanto o lazer pede leveza, romance, mistérios. Já os de auto-ajuda não me atraem, pois acredito profundamente na diversidade humana e acho difícil basear a vida em fórmulas ou receitas para qualquer tipo de sucesso.
Tenho amigos leitores, com quem troco livros e impressões. Tem o Marcos, que está sempre querendo montar um grupo de leitura, mas fica no projeto. Tem a Ângela, cheia de boas ideias, com quem transformei um projeto acalentado há anos de uma van levando livros e cultura para a periferia de Curitiba em uma biblioteca com endereço fixo e, em seguida, na Freguesia do Livro.
Nessa era da informação em tempo real, prezo hábitos tradicionais como o de abrir um jornal no café da manhã e ler notícias de ontem sobre o bairro e o mundo. Prazer ainda maior aos sábados da Marleth Silva e nas sextas-feiras, com as crônicas do José Carlos Fernandes que descreve tipos com quem gostaríamos de esbarrar. Através das pessoas, ele fala de Curitiba e suas muitas culturas. E tem a capacidade de fazer festa com palavras, categoria em que também coloco Martha Medeiros. As ideias deles navegam no papel em uma fluidez impecável.

Uma surpresa boa para quem gosta de ler, em Curitiba, é o Quintana Café. Um restaurante com decoração agradável, horta na entrada, comida deliciosa da Gabriela, Quintana por todos os lados e…livros sem fim que podem ser emprestados! Títulos que vão dos best-sellers aos clássicos, ali, ao nosso dispor. Recomendo.

Meu cunhado italiano, Fabrizio, não vê a hora que a vida de funcionário de empresa de informática desemboque na aposentadoria, para poder se dedicar integralmente ao que mais gosta, escrever. Enquanto o escritor que mora dentro dele espera, se exercita fazendo fábulas para as filhas e seus amigos. Tem um site onde os pais preenchem um questionário sobre o jeito e preferências da criança, e ele escreve uma história personalizada, apresentada em caligrafia e papeis especiais. Todo o material que usa para isso está guardado em uma caixa que dei para sua esposa, mas que ele resolveu sequestrar.

Frabbro Scrivano

A caixa fechada.
Se quiser conhecer uma fábula de uma doçura comovente, que Fabrizio escreveu para Freguesia do Livro, entre aqui.
Desde o início de 2010 resolvi registrar em uma agenda todos os livros que leio. A sensação de ver a lista de livros lidos aumentando, estimula a ler sempre mais. Raciocínio meio infantil, mas funciona. Uma ideia que deixo.

Caderninho: quantos livros você lê?
Carminha faz marcadores de livros bem lindos. Aqui combinados com encadernações de Claudio Pilotto.

Livros bem marcados.
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