Nessa página estão muitas dicas e impressões sobre belos lugares na Itália. Se quiser complementar as informações, leia também esse post: Roma – Dicas de um romano
Outubro/2010
Aos vinhos e azeites
Estou indo passear. Espero poder mostrar um pouco dos lugares que vou ver.
Inspirados no filme Cartas para Julieta, meu marido e eu vamos conhecer vinícolas e moendas de azeite de oliva (além dos inevitáveis pães, queijos, pizzas e batatas assadas. Calorias à vista…) na Toscana. Se a máquina fotográfica e o computador colaborarem, vamos continuar em contato.
Impressões italianas
Para poder acompanhar meu passeio italiano sem sobressaltos, é necessário que você saiba de duas coisas:
a) detesto pontos turísticos cheios de gente;
b) acredito que muito melhor que visitar pontos turísiticos, é conhecer as pessoas e a comida do local.
Por exemplo, saindo de um dos lugares mais famosos e visitados de Roma, a Piazza di Spagna, você tem diante de si uma das ruas mais cheias de grandes marcas de que se tem notícia. Ao invés de olhar as vitrines cheias de roupas e sapatos com preços impublicáveis, me encanto com o florista que junto às flores, vende as marcas registradas da comida italiana: basílico, rosmarino e sálvia.
Essses funghi na rua, diante de um restaurante, só pode ser exibicionismo!
Mas as alcachofras acabaram vencendo e comemos em um micro-lugar chamado Sora Margherita, esse Carciofi a la Giudia. Fritos, mas quem liga?
Para encerrar o dia, jantar na cunhada. Mostro o prato, mas nem me dou ao trabalho de dar a receita. É feita com a ricota deles, algo que ainda precisamos caminhar algumas gerações para alcançar…
A esta altura, você já deve ter percebido que se esperava ver o Coliseu….
Repouso
O lugar em que estamos hospedados na Toscana entra na categoria das pérolas a serem apreciadas entre um suspiro e outro. Simplesmente perfeito. Chegamos com chuva, dia acabrunhado e sorumbático, que não atrapalhou em nada a beleza do Relais Sant Elena, que fica em Bolgheri, berço de grandes vinhos italianos, como o Sassicaia e Ornellaia.
Como a sorte é nossa companheira, o dia seguinte amanheceu esplêndido, sol num céu sem nuvens e vento gelado.
Deixo aqui as impressões desse paraíso e suas pequenas delicadezas. Quem sabe, o seu próximo destino.
Para mais informações sobre o Relais Sant’Elena, entre.
Verde oliva e roxo uva
No atelier da minha mãe, onde começa a maioria das nossas pinturas em madeira, existem potes de tintas de inúmeras cores, em sua maioria batizadas por ela. O resultado são nomes poéticos como o borgonha e sangue dos vermelhos, os gastronômicos dos amarelos, laranjas e verdes como abóbora, cenoura, gema, manga, abacate e pistache.
E tem um outro verde, de sobrenome oliva, que sofreu alguns abalos durante minha visita à Toscana. O verde oliva, por aqui, é outra coisa! A cada olival (ou olivedo, fui pedir ajuda ao Aurélio) que passamos, um novo tom aparece, um novo verde se manifesta. As árvores mais novas tem um verde assustado e as mais antigas vão perdendo o seu brilho… Mas são essas as que carregam as maiores quantidades de azeitonas e que vão produzir o melhor azeite. Para as oliveiras, como para as mulheres, envelhecer traz algumas vantagens (me ocorreram apenas duas, se tiverem outras, por favor me mandem). Portanto, declaro que o verde oliva que usamos nas nossas caixas é apenas um de uma longa linhagem…
Nosso passeio toscano tinha esses dois objetivos: vinhos e óleos de oliva. Fomos então visitar as duas vinícolas mais preciosas da região, que produzem o Ornellaia e o Sassicaia: a Tenuta dell”Ornellaia e a Tenuta San Guido.A visita guiada nos apresentou a história dos vinhedos, que envolvem sempre famílias tradicionais e suas lutas por heranças, e como a uva é plantada, colhida (estamos na época da colheita) e transformada em vinhos maravilhosos. Os requintes da escolha de cada pedaço de terra para um tipo de uva, as diferenças mínimas na aparência desses grãos, do Merlot, do Cabernet-Sauvignon, do Petit Verdot, do Cabernet-Franc…
Sobre a visita ao casal que fabrica um óleo de oliva impecável, deixo a imagem de uma casa, no alto de uma colina na Toscana, com o dono com um lenço de lord no pescoço, uma boxer chamada Margherita deitada aos nossos pés e uma degustação de um pão caseiro mergulhado em um óleo recém produzido…
Ali pertinho, tem uma estrada toda margeada pelos famosos ciprestes toscanos, com mais de 300 anos de idade.
E já que a conversa tomou o rumo das árvores italianas, inevitável citar minhas preferidas, os pinos marítimos. São pinheiros típicos do Mediterrâneo, que têm um formato belíssimo e produzem os (para nós caríssimos) pinoli.
Como a foto não fez juz aos pinos, fui buscar outra no Google.
Se quiser conhecer os lugares citados:
Asterix
Uma das coisas que acho mais charmosa (e ao mesmo tempo apavorante) é entrar em restaurantes na Itália e, ao invés do clássico e monótono cardápio, ver aterrisar ao lado da mesa uma pessoa que, mãos cruzadinhas nas costas e a cara mais tranquila do mundo, desfila verbalmente uma longa lista de pratos que envolve, no caso da comida italiana, antepastos, primo piatto, secondo piatto, contorno…Pânico! Você entende metade, não sabe o preço de nada, fica constrangida quando o sujeito respira fundo e vai disparar a repetição da série de massas, carnes, beringelas e cogumelos e… se entrega. Pede o que mais te chamou a atenção e relaxa.
No nosso caso, pedimos javali, em homenagem ao Asterix, herói dos quadrinhos da minha infância e de quem preservo a coleção. Essa região da Toscana tem tanto javali que a caça é estimulada para diminuir a população deles. E principalmente porque eles adoram as uvas dos lindos vinhedos que visitamos, sendo um animalzinho não muito amado por aqui.
Final da história? Acertamos nos nossos pedidos: antipasto de bacalhau, simplesmente divino. Registrei mentalmente e pretendo reproduzir em casa. Javali? Delicioso e, com papardelle, divertido de comer. E o medo da conta? Tivemos sorte: um dos melhores vinhos da região regando alimentos inusitados e com preço acessível. Tudo vale a pena quando a fome não é pequena!
Cristais e poeira.
Algumas palavras são belíssimas e atraem quem escreve ao seu uso. Para mim, a palavra cristal tem essa capacidade. Considero-a sonora e transparente… Um móbile de sílabas balançando no ar.
Marido retornado ao Brasil, estou em Roma por mais um tempo sob a escolta da sogra e da cunhada. E foi com ela que conheci dois lugares que me encantaram, seja por seus nomes, seja pelo que vendem. São a Cristalli di Zucchero e a Polvere di Tempo.
Cristais de Açucar… Juntar minha palavra preferida com algo tão doce é o máximo. Ou não. O máximo mesmo é a confeitaria em si. Doces lindos e sem dúvida o melhor cornetto que já comi na vida, recheado com creme e uma fruta deliciosa chamada visciole (desconheço o que vem a ser. É roxa, se ajuda).
- Um cornetto com visciole e outro com creme e pistache…
Passamos a manhã toda em um curso de comida vegetariana-macrobiótica, onde aprendi o conceito da pasta madre. Essa “massa mãe” trata-se de um fermento base feito apenas com farinha e água, mantido em um recipiente e sempre “reavivado”, como insistiu várias vezes a cozinheira: é matéria viva, signora! É usado para tudo: massa de pizza, pães, cornetos, massa folhada. O que a minha cunhada adquiriu hoje, por exemplo, tem muitos anos de vida.
Será que descobri o segredo das massas italianas? Porque devo admitir: pizza como a daqui… não tem! O melhor de tudo é a Pizza al Taglio (pizza ao corte). Conceito que acho simples e delicioso e que não sei porque não pega no Brasil.
A cada esquina você encontra uma dessas cantinas onde entra e fica feito criança diante de um balcão coberto de pizzas retangulares dos mais diversos sabores. Depois de alguns instantes de profunda reflexão, você escolhe o sabor que deseja e de que tamanho você quer o seu pedaço. O pedaço é cortado, pesado, dividido ao meio e fechado uma metade sobre a outra. Por fim, é embrulhado em um papel e você sai, feliz como uma Páscoa (adoro essa expressão italiana) comendo aquilo pela rua.
E aqui, um recado em dialeto romano para quem acredita na importância do slow food.
“Se vai entrar para comer aqui, deve sentar e esperar que a comida cozinhe. Mas se tiver pressa, tem um Mc Donald’s logo em frente”. Fofos, não?
Outro lugar especial, a Polvere di Tempo é uma loja charmosa em Trastevere, que quando passamos no começo do passeio, tinha um cartaz na porta dizendo “Torno quasi subito” (Volto quase logo). Na vitrine, bússolas e ampulhetas de todos os tamanhos e cores. E globos terrestres, coisa que acho que todas as casas deveriam ter, mesmo nesses tempos de Google Earth. Resolvemos voltar mais tarde. Ao entrar, para comprar uma miniatura de bússola para a coleção de meu pai, Grazia foi logo declarando que eu era brasileira. O dono começou a falar comigo em português e eu adorei conversar sobre Gilberto Gil, Chico Buarque, Florianópolis, José Serra – patriotismo é o primeiro sinal de saudades de casa. Adrian é argentino de Buenos Aires, gosta do Brasil e vive na Itália. Recomendo uma visita à loja cujo nome, em português, significa Poeira de Tempo. Combina, não?
Voltando para casa, paramos em uma loja de brinquedos para comprar presentes. A loja é de uma moça francesa que, no caos, consegue indicar os brinquedos e livros que ela já leu e jogou com seus filhos. No tempo que fiquei ali, esbarrei e derrubei várias coisas. Mas ela se acha lá dentro!
Para encerrar, deixo uma reflexã0: porque, no “primeiro mundo”, as mercadorias comestíveis ficam expostas assim ao Deus dará, enquanto nós, suposto país em desenvolvimento, já prezamos muito mais as normas de higiene e comercialização?
Il Gelato
Essa mania da minha cunhada de ir entrando nas lojas e, grudado ao buongiorno dar a informação de que sou brasileira, rendeu mais uma ótima conversa. Dessa vez foi em uma maravilhosa e escondidíssima sorveteria que atende pelo nome mais óbvio possível: Il Gelato (o sorvete). Mas tem um motivo – é O sorvete.
A moça que atende na sorveteria é jovem e apaixonada pelo Brasil (e até recentemente, por um brasileiro). Se chama Gioia (Alegria) e é o que transmite quando fala do nosso país. Esteve no Rio por um mês no início de 2010, foi visitar a Lapa, a Rocinha e arrebaldes e voltou dizendo que o Rio de Janeiro continua lindo. Tanto é verdade que pretende abrir uma filial no Rio – ou em Nova York.
Vou explicar porque devemos nos reunir e torcer para que ela e o irmão escolham abrir uma Il Gelato no Rio:
Aí, tem vários balcões só de sorvetes de frutas, outros de doces convencionais e de outros não tão convencionais (eu pelo menos, nunca tinha visto):
Experimentei alguns, todos deliciosos. A esse ponto você deve estar pensando: grande coisa, uma sorveteria normal. Não, não… O gosto é esplêndido, a explicação que Gioia nos dá sobre como o sorvete é feito é encantadora . O “autor”, Claudio Torcè, é um artesão dos sorvetes, pois usa como matéria prima produtos naturais, sem nada químico nem aromatizantes. Por isso combina tão bem com esse blog. E para tornar o lugar ainda mais especial:
Recomendo uma visita quando for a Roma. E uma rezinha para a nossa Senhora do Bom Sorvete para que resolvam abrir no Rio. Para conhecer um pouco a Il Gelato, clique.
Roma by bus. E arrivederci
Contrariando o que disse no primeiro post da minha estadia italiana, fui ver pontos turísticos. Mas sem encostar em nenhum. Me explico: sou fã dos ônibus que fazem a volta turística das cidades, os City Tour. Já fiz em Nice, em Santiago, em Curitiba e agora em Roma. O dia amanheceu lindo e resolvemos fazer o passeio. Filtro 40 no rosto, óculos escuros, e vamos nessa! O cabelo, coitado, sofre. Se transforma num ninho de pássaro sob os ventos das alturas. Mas vale a pena.
E é minha despedida. A partir do próximo post, retomamos nossas conversas sobre artesanatos das amigas. Deixo aqui imagens da minha visita de raspão aos pontos turísticos de Roma.
Sempre fico imaginando como deve ser a vida dessas pessoas que moram em coberturas de prédios antigos no centro de Roma. No mínimo, chique.
Esses bares ficam na Piazza del Popolo. O cheio era o lugar preferido de Fellini. Bar Rosati.
E, como a viagem está terminando, revi minhas anotações e percebi que cometi algumas injustiças, omitindo detalhes que ainda posso compartilhar. A eles.
Mais uma comidinha que adoro e que a gente encontra em tudo que é canto, sanduíches em vitrines e com os mais diversos recheios, aqui totalmente confiáveis e deliciosos. Apresento os tramezzini!
As bruschettas, os tomates com mozzarella di buffala e a fritatta de ovos do café da manhã na Toscana.
Os vinhedos a perder de vista da Tenuta dell”Ornellaia.
O cachorro mais simpático estacionado na frente de um bar, enquanto a dona toma um café. Em Bolgheri.
E a imagem do lugar, clima e companhia perfeitos para escrever.
Março/2011
De volta à Itália
Que bello! Tenho um novo motivo para voltar para a Itália. Dessa vez, fico só em Roma, pertinho de alguém de quem gosto muito. Se tudo der certo, alguns lugares romanos aparecerão por aqui. E como sou um bom garfo e a Itália é perfeita para gente que aprecia a boa comida…
Imagens: WeHeartIt
No coração de Roma
Quem já leu meus comentários sobre a úlima viagem à Itália, deve saber que evito pontos turísiticos. Não gosto de filas, de ver o que todo mundo acha que precisa ser visto. Porém, dessa vez, vou ter que me render, pois algo curioso aconteceu: estou visitando meu filho que acontece de estar morando no meio de muitos pontos turísticos de Roma. É isso então. Acabei mergulhada no coração de Roma! Vivendo a vida de todos os dias, comprinhas em supermercado, apartamento sem elevador, limpeza de banheiro, fazendo cara de nada… no coração de Roma!
Saio de casa e praticamente caio dentro da Fontana di Trevi. Caminho mais um pouco e ta-rá! A Piazza di Spagna. Viro para o outro lado, caminho algumas quadras e dou de cara com a Piazza Navona. Pela primeira vez, tenho a oportunidade de, mapa na mão, descobrir (ou me perder) em Roma sozinha. A proposta é viver a vida cotidiana, ver a vida que meu filho está vivendo. E aberta para perceber os cantos e sabores dessa cidade fantástica. Se no meio do caminho aparecer um ponto turístico, paciência!
Roma é tomada por gente falando todas as línguas. Uma Torre de Babel, onde transitam turistas de todos os cantos, uns poucos romanos e muitos extra-comunitários (pessoas que vêm de outros países de fora da Comunidade Europeia e que, arrisco dizer, já são quase maioria). O charme dessa cidade é incontestável. E passear por aqui com alguém que também está aprendendo a descobrir a cidade, é uma delícia!
Nunca tinha reparado, apesar de meu filho insistir em que sempre existiram, mas tenho me surpreendido encontrando gaivotas por aqui. Alguém mais acha estranho encontrar gaivotas em Roma? Bem, eu estou achando. Vi duas se banhando na Piazza della Colonna, outra em cima de um Uno na frente da pizzaria onde almoçava e outra fazendo o maior chuá na Fontana di Trevi.
O fim de um belo dia. Cielo a pecorelle, pioggia a catinelle. Significa que amanhã vai chover muito…
Roma – à compras
Fazer compras quando se está a dois passos de algumas das ruas mais famosas do mundo, pode ser interessante. Desço toda a Via dei Condotti, concentrado intenso de grifes conhecidas por suas vitrines estonteantes e preços também, sem nem olhar muito para os lados. Vou tranquila porque sei que logo vai cruzar o meu caminho a Via del Corso, muito mais democrática e acessível.
Tempo tenho, meu filho precisa estudar, portanto já subi e desci a Via del Corso algumas vezes. Com direito a café no Bar Rosati, preferido de Fellini.
Como a primavera está chegando aqui, as cores nas vitrines são pastéis, as botas são claras e tem renda pra todo lado.
E a Zara aqui é outra coisa, ocupa um prédio de quatro andares (a antiga Rinascente), com decoração toda branca e cheia de colunas. Muito mais imponente que nossas acanhadas Zaras que habitam shoppings.
E achei bacana encontrar uma enorme loja da Osklen, muito brasileira, no fervo da moda mundial.
Roma e seus sabores
Tudo o que cozinhamos começa com a coleta de ingredientes. Básico, certo? Se fosse tão simples, porém, nada nos impediria de ter no Brasil a pizza e as massas iguais às que encontramos na Itália. Entretanto, não é o que acontece, pois é exatamente nos ingredientes que mora a diferença: o tomate, a beringela, a farinha, o queijo… tudo aqui é basicamente melhor. E não vai aqui nenhuma crítica aos nossos resultados brasileiros. Nós simplesmente não mandamos nisso – a incidência do sol, a qualidade da terra, o PH da água é que determinam as diferenças de sabores. Então me rendo. O negócio é aproveitar muito bem a comida italiana enquanto estiver aqui!
Ficam aqui algumas dicas para quem pretende vir para a Italia:
Pizzaria Alice: para muitos, a melhor pizza al taglio de Roma. Está na Via delle Grazie, perto da fila (longa) para a Capela Sistina, no Vaticano. Despojadissima, não tem mesa nem cadeira. Depois de enfrentar uma confusão tipicamente italiana para fazer o seu pedido dos sabores de pizza desejados, você pode escolher se come em pé na calçada ou sentado pelo chão ou meio fio. Não tem nem pia para lavar as mãos depois de se lambuzar com aquela pizza inesquecível. Mas vale a pena, com certeza.
Falando em despojamento, em uma paralela à Via dei Condotti, a dois passos da Piazza di Spagna, existe um lugar que nem nome tem. Na porta está escrito apenas Pasta Fresca da 1918. Isso quer dizer que desde 1918 eles abrem a porta ao meio-dia, quando é possivel ver o proprietário produzindo quantidades industriais de talharins e afins. Lugar pequeno, tem uns banquinhos encostados nas paredes. De mesas, nem vestígio. Às 13 horas em ponto eles começam a servir, com pratos e talheres de plástico, à imensa fila de pessoas que a essa altura já alcançou a rua, apesar da chuva que cai. No dia que fui, a opção era massa com pesto ou pomodoro e funghi porcini. E um copo (de plástico, é claro) de vinho da casa. Por 4 euros, uma refeição perfeita e mais romana, impossível.
El Ghetto é o bairro judeu, com comidas tipicas e uma atmosfera especial. Foi ali que repeti o Carcioffi alla Giudia, outra vez delicioso. E dessa vez consegui experimentar a torta de ricota mais famosa da região.
Bem perto dali, Campo de’ Fiori, que além de ter uma feira de frutas e verduras espetacular, ainda abriga a pizza bianca (como posso explicar… é uma massa de pizza sem nada em cima e mesmo assim, formidável) mais disputada de Roma.
Em Orvietto, cidade feudal que visitamos hoje, conhecemos um lugar que parece uma enoteca de chocolates.
Como meu filho mora sozinho em Roma, teve que aprender alguns lugares e macetes para comer bem sem muito trabalho, o que é bastante fácil nessa cidade. A dica de hoje foi especial: uma sanduicheria, que atende pelo original nome La Sandwicheria, aberta há poucos meses e tocada por 2 rapazes simpáticos, faz, adivinhe… sanduiches. Com os ingredientes perfeitos, à escolha do cliente. Até aí nenhuma novidade, concordo com você. Mas resolvemos finalizar com sanduiche doce e o que vimos? Sanduiche de Nutella, óleo e sal. Isso mesmo. E delicioso!
Vivi meus poucos dias em Roma em um clima de sonho, andando pela cidade sozinha ou acompanhada por meu filho. Concertos, museus, lojas, pizzas, é tudo festa. Mas na vida do dia-a-dia dá para começar a perceber que morar no centro de Roma tem seus percalços.
Sempre olhei para os terraços dos apartamentos que se debruçam sobre os locais bacanas como a Piazza Navona ou Via dei Condotti imaginando como seria charmoso morar ali. Agora estou vendo que quem mora nesses lugares está sempre rodeado por turistas – sempre. Grupos do Japão, da Alemanha, de Nápoles, de crianças com suas professoras aprendendo a história in loco. Barulho e poluição por toda parte. Não tem separação de lixo (essa quase me matou!) e os restaurantes têm cardápios escritos em inglês.
Estacionar o carro (para as pessoas que podem circular com carro no centro, e mesmo assim apenas em certos dias) é tema de constante desespero, pois não há lugar pelas ruas e prédios com garagem simplesmente não existem. Pense no que significa você chegar em casa do trabalho às 8 horas da noite, com vontade de algo prosaico como tirar os sapatos ou ir ao banheiro e ficar rodando, rodando, à procura de uma vaga para seu carro…
E tem os romanos, minha gente, os romanos… que já sempre foram, por assim dizer, meio rústicos no trato com as pessoas. Agora, que estrangeiros estão por todo lado, não mais apenas como turistas, mas principalmente como habitantes, eles costumam ser ainda menos doces. Mas não generalizemos. A grande maioria do povo do centro de Roma sabe que essa cidade nasceu para ser apreciada, compartilhada e fica orgulhosa em nos receber.
E é em Roma que moram belezas como essas:
E a pergunta que não quer calar: porque não temos Ikea no Brasil?
- Doce Roma
- Minha delícia preferida.
Prometi um post para minha filha Marina sobre os doces de Roma, já que ela é cada vez menos amadora nas suas experiências de doceira. Visite o blog dela onde mostro os doces que vi na Itália e dou a receita dessa maravilha tipicamente italiana: i Profiteroli al Cioccolato.
Confissões de uma Doceira Amadora
Jo, achei tudo a sua carinha, meigo e fascinante, vcx são abençoados por terem tido essa oportunidade, espero do fundo do coração que façam mais viagens e nos mostrem fotos maravilhosas, parabéns, bjs
Parabéns Jô!
A Itália fica ainda mais deliciosa, vista através do seu olhar.
Magníficas as fotos.
Adorei ler e ver tudo.
Viaje bastante e poste tudo para a gente conhecer.
beijo
Jô, que viagem deliciosa! O seu jeito de escrever (aliado ao fato de que te imagino discorrendo sobre o tema) me transporta para os lugares e me relembra o que eu mais gosto na Itália – cheiros e gostos, sem esquecer o dolce far niente dos italianos! estou louca para tomar Il gelato!
baci Renata
Vindo de uma viajante como você, fico lisonjeada!
BJô
Oi Jo! Depois de conversarmos no clube na quinta feira, fiquei curiosa para ver o teu blog! Adorei! Uma delícia! Fui direto à Italia. Viajar é mesmo especial, bcana poder compartilhar esta viagem linda.
E o grande barato das viagens é que a gente acaba carregando pra sempre um pedacinho do que viu, cheirou, provou, sentiu…
Passear pelo teu blog me trouxe a inevitável vontade de reativar o meu… e quem sabe ir mesmo adiante com a idéia de publicar as historinhas infantis.
Quando tiver um tempinho, vai la http://criancasperguntam.blogspot.com. Está sem atualização desde 2007, mas acho que os textos são ainda muito atuais para a vida de quem é mãe.
beijos e obrigada pelo incentivo
Silviane (a mãe da Gabriela, do Jazz e da Paulinha!)
Silviane,
Obrigada pela visita.
Vou dar uma olhada no teu blog, sim!
E toca ficha no livro!
BJô
Oi Jô! Adorei as imagens de sua viagem. Adoro a Itália e pretendo ir até lá ano que vem. Estou pensando na melhor época, que tenho menos movimento de turistas e não seja tão frio. Adoro calor. Também curto os lugares menos procurados, como vc. Lugares calmos, rodeados por natureza, de preferência.
Oi, Rosane,
Estou na Italia agora e posso te dizer que està bem tranquilo. Voo vazio, aeroporto calmo… Roma vou ver sò amanha, depois conto como està. Obrigada pela visita,
Jo
Oi Jo! O que mais gosto na vida ‘e viajar; e com estas fotos e dicas fui at’e a Italia!! Que delicia! Fotos lindas que deram agua na boca e vontade de ir correndo! Bjs, Carol.
Ciao cara ragazza brasiliana, mi ha fatto molto piacere ricevere il tuo messaggio, mi piace molto il tuo spazio, si avverte tanta passione, se un giorno vieni a milano avvisami!!! Un abbraccio!!!
Oi, Jô!
Vim retribuir a sua visita e pesquisar as coisas que mais me encantam nos blogs, seja a culinária ou as viagens.
Acabei de incluir um tópico no menu do meu blog, chamado “viagens”, justamente porque é algo que adoro. Naturalmente, é um passeio não só pelos pontos turísticos, como você bem colocou. Gosto das curiosidades, da história, da comida de rua, do dia a dia dos moradores.
Adorei sua maneira de nos conduzir pelos lugares que esteve.
Volte sempre!
Oi Jô… passeando por aqui de novo e quero te deixar meus parabéns! Fui até a Italia agora (virtual) e voltei! Me senti lá… passeando pelas ruas e tentando descobrir o que há de melhor! Qdo for pra lá, levarei suas dicas e o endereço dessas tentadoras pizzas quadradas! kkkkkk Vc tb desenvolveu aqui o seu fermento “reavivado”? Curiosa…. Bom, aparecerei sempre! bjs Helena
Muito legal o seu blog! Estou indo pra Roma amanhã e vou experimentar algumas de sua dicas!
Nossa estou conhecendo o blog e encantada com cada parte do texto, as fotos … Estive em Florença por alguns dias e foi o suficiente pra eu e meu marido querermos voltar pra Toscana. Estamos procurando algo longe do agito do turismo regular, uma casa no campo e quem sabe fazer 1 semana de aula de culinária com algum local. Já consegui imaginar o cenário só olhando tuas fotos.
abraços
E aqui estou…seu texto é deliciosamente redigido, o tipo de leitura que me agrada. Sem frufrus, mas com um olhar bastante particular. Fomos em Roma em 2009 comemorar o aniversário das meninas…15 e 21 anos. Ficamos horrorizados com os romanos e dissemos que esse provavelmente seria um lugar que não mais voltaríamos…rsrsrsrs…pois é, estamos de viagem marcada para lá no mês que vem. Quatro dias em Roma e quatro dias em Paris, na companhia de mais quatro casais. Veremos se nossa percepção será diferente. Roma é encantadora. Beijocas!
[…] Itália […]
Oi Jo. Adorei viajar com as suas fotos e a descrição é perfeita.Parabéns. Bjosss
[…] Itália […]
[…] primeira impressão da cidade foi a pior possível. Chegamos a achar os romanos gentis, desculpe Jô Bibas, mas tu bem sabes que o sistema lá é bruto. Gastei meu italiano autodidata, tomei bastante […]
Preciso voltar nesse post para ler com calma… A Itália é meu sonho de consumo e do meu marido!!!! Tudo é tão lindo!!!!!!! Beijãoooo
Oi JÔ!! Acabei de voltar de Roma e outra cidades da Itália (passei meu aniversário em 29/11 em Roma). Que pena que ainda não conhecia seu blog!!!! Ia aproveitar todas as dicas que deixou aqui!!! Eu gostei de Roma, mas fiquei meio surpresa com a loucura da cidade, os monumentos em meio a uma malha urbana caótica… Tinha acabado de sair de amsterdam, uma realidade bem diferente. Me apaixonei mesmo por Florença, que lugar maravilhoso!!! Fiz também um passeio com direito a degustação de vinhos em uma das fazendas da Toscana, foi inesquecível!!!
http://www.arquitrecos.com
muito obrigada por postar esse blog, sempre tive vontade de conhecer Roma e depois do que vi aqui tenho ainda mais vontade de conhecer Roma.
obrigado,beijos e thau
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Também estive na Itália e recordei os momentos maravilhosos que passei,principalmente na Toscana e por incrível que pareça a minha paixão tbm são aquelas árvores.Será que aqui no Brasil a gente acha mudas pra comprar?Se vc souber me avise.
Bjs.
Preciso de uma informação com certa urgencia. Rsrs
Chego em Roma dia 20 de abril. Dia 21 é aniversario da cidade.
Gostaria de saber o que fecha no aniversario de Roma, se a cidade fica muito cheia,nse tem festa.
E nas segundas feira, os museus fecham? O que fecha?
Esta muito perto da minha viagem e estou bem preocupada com isso.
Obrigada,
Nathalia
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amei tudo!
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QUERIDA AMIGA,
ONDE FICA ESSE LUGAR Q É UMAS DAS FOTOS VC ESCREVEU, DE VOLTA A ITALIA, E EM BAIXO QUE BELLO, É UMA RESTAURANTE EU ACHO, SABE O NOME POR FAVOR????
[…] Itália […]