No atelier da minha mãe, onde começa a maioria das nossas pinturas em madeira, existem potes de tintas de inúmeras cores, em sua maioria batizadas por ela. O resultado são nomes poéticos como o borgonha e sangue dos vermelhos, os gastronômicos dos amarelos, laranjas e verdes como abóbora, cenoura, gema, manga, abacate e pistache.
E tem um outro verde, de sobrenome oliva, que sofreu alguns abalos durante minha visita à Toscana. O verde oliva, por aqui, é outra coisa! A cada olival (ou olivedo, fui pedir ajuda ao Aurélio) que passamos, um novo tom aparece, um novo verde se manifesta. As árvores mais novas tem um verde assustado e as mais antigas vão perdendo o seu brilho… Mas são essas as que carregam as maiores quantidades de azeitonas e que vão produzir o melhor azeite. Para as oliveiras, como para as mulheres, envelhecer traz algumas vantagens (me ocorreram apenas duas, se tiverem outras, por favor me mandem). Portanto, declaro que o verde oliva que usamos nas nossas caixas é apenas um de uma longa linhagem…
Nosso passeio toscano tinha esses dois objetivos: vinhos e óleos de oliva. Fomos então visitar as duas vinícolas mais preciosas da região, que produzem o Ornellaia e o Sassicaia: a Tenuta dell’Ornellaia e a Tenuta San Guido. A visita guiada nos apresentou a história dos vinhedos, que envolvem sempre famílias tradicionais e suas lutas por heranças, e como a uva é plantada, colhida (estamos na época da colheita) e transformada em vinhos maravilhosos. Os requintes da escolha de cada pedaço de terra para um tipo de uva, as diferenças mínimas na aparência desses grãos, do Merlot, do Cabernet-Sauvignon, do Petit Verdot, do Cabernet-Franc…
Sobre a visita ao casal que fabrica um óleo de oliva impecável, deixo a imagem de uma casa, no alto de uma colina na Toscana, com o dono com um lenço de lord no pescoço, uma boxer chamada Margherita deitada aos nossos pés e uma degustação de um pão caseiro mergulhado em um óleo recém produzido…
Ali pertinho, tem uma estrada toda margeada pelos famosos ciprestes toscanos, com mais de 300 anos de idade.
E já que a conversa tomou o rumo das árvores italianas, inevitável citar minhas preferidas, os pinos marítimos. São pinheiros típicos do Mediterrâneo, que têm um formato belíssimo e produzem os (para nós caríssimos) pinoli.
Como a foto não fez juz aos pinos, fui buscar outra no Google.
Se quiser conhecer os lugares citados:
Mais cores em…
Minha querida e nova amiga Jo,
Que delicia e ler teu blog todos os dias. Mas nao fique com ciumes, estou ADORANDO o blog da tua filha que alias e a tua cara. Adoro as receitas, o jeito dela escrever, tudo. Tal mae,tal filha! E que delicia passear com vc pela beliissima Toscana! Que presente vc nos da a cada dia neste blog maravilhoso! Sucesso sempre! Bjs da Andrea(do jazz).
Você esqueceu do lord de lenço e da Marguerita!
Minha filha, se a viagem está sendo a metade do que imagino, invewjo vocês!
Mas juro que é inveja boa. bjos.
Que delícia de post. E que bom que é viajar, não?! Ai, estas arvóres me fascinam. Adorei as fotos.
Além vermos os locais através de seus olhos, sentimos a sua emoção pelas palavras. Um dia eu chego lá tanto na viagem, como na forma de contá-la aos outros. Bjs.
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