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Posts Tagged ‘Tempo’

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Finitude é um troço complicado. Pensar no fim de coisas boas nunca agrada – uma festa, um encontro, um livro, um namoro, um doce, um casamento. A vida. Já outras a gente não vê a hora que acabem, como as palestras longas, os sermões intermináveis, tratamentos doloridos, relacionamentos arrastados.

De qualquer jeito, estamos falando de fim. Aquele, inexorável, que, hora ou outra vai chegar. Nesse caminhar nessa direção indiscutível, o que realmente me transtorna é tudo que ainda quero fazer e que sei, cada vez de maneira mais evidente, que não vai dar tempo. Não será possível ler todos os livros, conhecer todos os lugares, ver todos os filmes, experimentar todos os sabores, correr atrás de todos os sonhos. Ver rugas estriando no meu rosto quando sorrio não me dá metade dessa dor.

Ser seletivo, então? Aprimorar as escolhas, priorizar a qualidade? Nas filas de desejos e projetos, ordenar por grau de importância, ir atrás do que é melhor? Mas como saber se não experimentarmos tudo? Difícil, eu sei. Mas pequenas atitudes são determinantes: o livro não está correspondendo? Tchau, a fila anda. Filmes bons, comida boa, a companhia dos amigos escolhidos.

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No livro que estou lendo, o Clube do Filme (aliás, outra fonte de mini-angústias), um pai resolve que o filho adolescente pode deixar de ir à escola desde que assista os filmes que ele selecionar. A história é recheada de filmes que despertam uma vontade de ver e de novo me deixam com a sensação de que não vai dar… mas o foco é um trecho, quando ele explica que muitas coisas na vida devem ser vistas duas vezes, e que a segunda pode ser melhor que a primeira, porque nessa já sabemos o fim.

A vida é isso, não é? Um filme que sabemos como termina. Motivo para levá-la da melhor maneira possível, perdendo pouco tempo com o que pode ser evitado e aprofundando o contato com tudo que realmente importa. Olhe as suas filas de desejos e projetos, deixe a dor de lado e não perca tempo. Viva.

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Imagem livros: Pinterest

Tag Previsão do Tempo: blog Luz de Luma

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A gente está sempre ocupada. Sem tempo. Atrasada. Correndo atrás do prejuízo. Num corre-corre.

Tantas expressões que descrevem esse jeito comum de viver sem parar para nada…Triste, não acha? Afinal, essa é a vida que temos para viver e ela é agora, não daqui a pouco.

Está na hora de usarmos um pouco mais o vida mansa, o espera um pouco, o deixa a vida me levar, o quem sabe amanhã. A pausa. Se a gente não se der um tempo, quem vai dar?

Durante a pausa, dar uma boa pensada: sem tempo para quê? Saber priorizar é um dom e dar a devida importância ao que realmente importa redefine rumos.

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Daqui.

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moonwalk

Esse vídeo é incrível, a paisagem é sensacional e o rapaz é corajoso demais. Mas o que mais me impressionou foi o movimento da lua. E seu significado: cada vez que isso acontece, um dia ficou para trás.
A vida passa inexoravelmente. Recomenda-se vivê-la bem e fazer dela o melhor possível. E, de preferência, não só para si mesmo.

Quem bom que voltar é bom.

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cabeTudo aquilo que nunca fiz

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DSC_1058Tempo para nada

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Pessoa ritualística que sou, como todas segundas-feiras, fui ao supermercado. Saquei minhas sacolas descartáveis do porta-malas, minha lista e fui fazer as compras, como sempre. Tudo igual.

Mas não estava tudo igual – a lista era menor, não precisei comprar iogurte de morango, nem leite integral, nem Chocomilk de caixinha, nem peito de peru fatiado bem fininho. Nem palmito ou goiabada.  Não precisei me preocupar em escolher as maçãs mais verdes nem as bananas pouco maduras. Pude comprar rúcula, escarola e o requeijão cremoso que eu prefiro.

Aí, na frente da banca de chuchus, veio a dor. Uma lágrima boba, que engoli bem rápido, perante a óbvia dificuldade em explicar emoções na seção de hortifruti. Doeu por dentro, então. No meio de toda aquela gente me vi, jovem, escolhendo as verduras e legumes para as primeiras papinhas, a maçã para raspar, a banana para amassar, os ingredientes para os mingaus, sanduíches da merenda escolar e negas malucas sem fim. Vi um loirinho esperneando no corredor de chocolates, uma menina de olhos verdes negociando uma goiaba vermelha. Me vi escolhendo as velas de tantos aniversários, os confeitos de tantos brigadeiros…

Meus filhos saíram de casa. Um para cada lado, por motivos diferentes. Uma volta um dia, o outro foi construir seu canto, a sua vida. Olho em volta e vejo uma casa que acaba de crescer, como num passe de mágica. Silenciosa, limpa e organizada. Chata. O tal do ninho vazio se realizou.

A comida sempre foi meu melhor meio de mimar, de demonstrar meu afeto e cuidados. Era escolhendo os ingredientes que eu juntava os elementos de minhas pequenas declarações de amor diárias. E foi na hora que percebi que parte do público para quem preparava meus bilhetes culinários não está mais aqui é que a dor apareceu. Bem na frente dos chuchus.

leo e marina

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Captura de Tela 2011-12-31 às 18.37.04Ciranda da boa lembrança

irmãosFilhos da mãe

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Preservo e exercito o hábito de não me habituar. Vez por outra me permito achar surpreendentes coisas que, de tanto que acontecem, quase se tornam banais. Mas qual é a banalidade de algo como um ser humano pequeno e completo sair de dentro de uma mulher? Como não se assombrar com as capacidades cerebrais, com os remédios que curam, as dores que passam, a pele que cicatriza? O incrível contido em um arco-íris no céu, nas sequoias americanas, em lagartas virando borboletas, a aurora boreal, os movimentos do girassol. Em gente que nasce com talento para compor uma 9a Sinfonia, para pintar uma Capela Sistina, para escrever um Hamlet. Avião, telefone, televisão, aspirador de pó, máquina de lavar, email, skype. Waze! Gente que faz bungee jump, pula de paraquedas, escala o Everest. O quanto os filhos crescem rápido. O tempo, como ele passa.

Assombro-me. Surpreendo-me. Minha pequena homenagem diária a essa coisa incrível que é o mundo em que vivemos.

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Fotos:
Dave Wilson Photography
Allison J. Bratt
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O calendário que sorteei entre os seguidores do blog foi para a Carla, de São Bernardo/SP. Logo vai receber seu calendário em casa.

Se você não ganhou, não fique triste, pois pode pedir o seu no site da Trio Estudio Design.

E aqui um vídeo que fala da passagem do tempo. Combina.

Um trabalho de Joe Bush (19), para o curso de cinema que fequentava, usando imagens colhidas na internet.

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Captura de Tela 2012-12-14 às 18.42.25Cora Coralina

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O calendário do qual falei aqui, como todo bom calendário, está com seus dias contados. 2012 se aproxima de seu fim, mas 2013 vem com outro calendário como aquele, com imagens de pontos turísticos curitibanos.

O mais bacana é que ele serviu de inspiração para uma arte da Suli K., estampada numa caixa para controles-remotos. Ficou lindo.

O calendário é da Trio Estudio Design e veio da Verônica, que tem um blog muito bacana. Bom 2013!

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Tempo para nada

Um segundo

Casa Lapostolle

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Somos quatro. Dos tempos das grandes famílias, dos primórdios da pílula, das donas de casa em tempo integral, quando ter muitos filhos era a ordem natural das coisas. Quando a terceira nasceu, a mais velha não tinha ainda três anos. A quarta veio depois de uma puxada de fôlego, temporã e foco de mimos e desatinos.

Quatro irmãos, mesas grandes, carros grandes, turmas de amigos enormes, saltitando em um apartamento onde ainda viviam dois cães, um deles um avantajado pastor alemão. Tinha sempre alguém brigando por seu espaço: “último no banho!”, “a cadeira tá cuidada!”, “eu vou na frente!”, “eu já tirei a mesa ontem!”, “não fui eu!!!!”.
Um que não comia legumes, para outra nada com cebola, aquela não suportava comer peixe… Dá pra fritar um ovo? O guri fazia tênis no clube, a mais velha encasquetou que queria aprender violão – ups, agora piano! -, aquela levava jeito para a dança, a pequena precisava fazer natação. Amígdalas, pontos, dentista, febre, tombos de bicicleta formidáveis. Inglês, reforço de matemática, a calça ficou curta, festa de aniversário, mais uma, será possível? Quem leva, quem traz? Nesse balé das horas, acabávamos todos, no final do dia, limpos, cheirosos e de pijama, ao redor de uma mesa bem recheada.

Eram os tempos da televisão única em casa, exercício de democracia doméstica: primeiro Bonanza, depois a Feiticeira, quem sabe dá para o pai ver um pedaço do noticiário. Novela para a mãe? Sem chance, devia estar dando conta da bagunça em algum armário ou escondida atrás da máquina de lavar para ser deixada um pouco em paz.

Quatro irmãos. Somos muitos, somos próximos. Sabemos que somos o que somos pela educação e apoio que recebemos de nossos pais, pela presença constante de nossa mãe. E sabemos que podemos contar uns com os outros, sempre. Por essa fraternidade, por esses laços, por essa família, agradecemos: feliz Dia das Mães, D. Christa.

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Idades. Modelos.

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Tudo por você?

Ganhei da minha mãe

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O tempo passa, o tempo voa. A nós é dado aproveitar, valorizar, compartilhar e, acima de tudo, não desperdiçar esse bem precioso.

Pare, sente e pense: o que você está fazendo com seu tempo? O tempo do seu corpo, do seu dia, da sua vida? Que marcas você está deixando no rastro da sua passagem?

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Um segundo.

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O tempo, a fila, a dor

Tempo para nada

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Não tenho tempo para nada! A gente vive dizendo isso, reclamando que não consegue fazer tudo que gostaria ou precisaria fazer, que o dia deveria ter 30 horas, que o tempo passa depressa demais….

O tempo é um bem precioso que nos é dado administrar e usufruir. Para que mais esse ano (que começa oficialmente logo após o carnaval) não passe voando, deixando outra vez aquela sensação de areia escoada pelos dedos, de ôpa-cadê-o-ano-que-estava-aqui,  é preciso baixar o giro, fazer tudo num ritmo mais lento, ou pelo menos mais pensado, estar mais presentes no que fazemos. Um tempo mais efetivamente vivido. Que dê espaço ao ócio, à preguiça, ao dolce far niente sem culpas, em doses terapêuticas e libertadoras.

Tem um texto que vira-e-mexe aparece na internet que é bem bacana e dele tiro a parte que me interessa: a gente precisa sair do automático para aproveitar nossos dias. Se você é uma das seis pessoas no mundo inteiro que ainda não leram esse texto, aproveite e leia aqui.

Não vai dar para fazer tanto? Paciência. Arranjar tempo para nada também é viver. Aliás, é fundamental.

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