Cada um tem o seu mar.
Meu marido, nascido em Alexandria, passou os verões (escaldantes, imagino) de sua primeira infância no litoral egípcio. Mudou para a Itália, onde viveu a adolescência nas negras areias vulcânicas de Ostia. Filho de mãe grega, umas poucas vezes visitou a casa que tinha ficado meio abandonada em uma pequena ilha da Grécia chamada Leros. Veio para o Brasil ainda jovem e desde então compartilhamos a casa de praia em Santa Catarina, da família há mais de 60 anos. Mas não tem jeito, o mar dele ficou sendo a Grécia, para onde está sempre querendo voltar. Qualquer outro mar é sempre quase-tão-bom-quanto ou nem-chega-aos-pés-de…
E o meu? Meu mar tem coleção de conchas em caixas de fósforo, machucado no joelho ardendo na água salgada, nariz com hipoglós, vergonha de ainda não ter peito, vergonha de ter peito demais. Caldos, mergulhos das pedras, piquenique no farol. Meu mar é esse em que estou agora, onde passei rigorosamente todos os verões de minha vida. Assim como minha avó, com seu maiô de perninha e touca de borracha, e minha mãe, com seu biquíni de bolinha amarelinha e sua calça cigarrete.
Foi nessas areias de Santa Catarina que meus filhos fizeram seus primeiros castelos, furaram as maiores ondas e pegaram os mais ousados jacarés. Levaram pacote, ralaram joelhos nas pedras, ficaram com a cara manchada de picolé de groselha. Aqui aprenderam a tecnologia secular materna de construir vulcões e de fazer castelos de areia pingada.
Meu mar tem uma casa cheia de histórias e recordações, minha referência. Ondas de lembranças, marés de nostalgia, que deixaram suas marcas.
E o seu mar, qual é?
Mais mar em…
Jo querida, que post mais lindo, cheio de sentimentos belos.
Meu mar é lá de Jeri, que nunca esqueci… Tem noites que sonho com ele, com o dia que para lá voltarei!
Bjos e uma linda semana pra ti
Vero
Oi Jô, atendi ao seu convite e fui conhecer Leros (suspiro…) e sua casa de praia em Sta. Catarina (suspiro…). Perdi-me pelo caminho e fui conhecer o hotel onde voce se hospedou na Toscana (mais um suspiro…).
Sei lá, sou suspeita para falar em mar. Adoro, tenho profunda ligação com o cheiro, o sabor da água.
Mas não tenho casa na praia. Infelizmente meu marido nunca gostou de praia e sempre preferiu sitio.
Mas sempre fomos passear, e meu mar preferido é o de Ubatuba, praia da Almada, praia de Pissinguaba.
As fotos que você fez da casa da familia na Grécia só me deixa um comentário a fazer:- voces são abençoados por terem um lugar assim para voltar. Seu marido deve mesmo sentir muita saudade.
Quanto à praia de Sta. Catarina, outro paraiso, lindo, que deve ser motivo de muito orgulho para vocês.
Adorei tudo, estou feliz por ter vindo aqui hoje. Beijos querida e parabéns.
Oi Jo! Sabia que meu pai também é Egípcio? Nasceu no Cairo, passava os verões em praias à Bbira do Nilo, em casas que eram montadas como acampamentos – da mesma forma como no nosso Rio Araguaia, imagino! Veio para o Brasil em 1957 e demorou mais de 30 anos para voltar ao Caior e ter coragem de visitar o lugar onde antes era a casa da família e foram obrigados (como toda a colônia judaica do Cairo) a abandonar às pressas.
Que alegria a casa de Leros da família do teu marido ter sido preservada.
Para o meu pai a volta ao Cairo foi uma produnda decepção…
um beijo (lembra de mandar o email para eu te devolver com os textos e vc poder ler com calma!). Silviane
Oi Jô… eu não tenho mar, sou mais serra… mas não tenho uma minha ainda! Quem sabe, um dia!
Bjinhos e ótima semana, querida!
Luiza Mallmann
decorarsustentavel.blogspot.com
Foi mesmo bem prazeiroso ler seu post de hoje; afinal quem não sente saudades e não gosta de olhar o mar ? Eu também nasci à beira-mar e acho a àgua uma das sete maravilhas desse nosso belo mundo.
Beijos pra você e boa semana
P.S.: Fui, finalmente, tomar café com bolo e uma amiga na Fada Formiga na quinta-feira passada. Identifiquei-me às irmãs e foi um deleite só !
Agora lhe sugiro mais um lugarzinho mimoso para um café: a Chiffon Cake ali na Rua Jaime Balão quase na esquina da Augusto Stresser. A dona é japonesa e soube misturar bem ótimas receitas com a delicadeza de alguns detalhes orientais, um luxo ! Vá lá, se você ainda não conhece. . .
Oi Jô! O mar para mim também é algo muito marcante, já que meus pais sempre nos levava para passar as férias. Férias para eles sempre foi sinônimo de praia e acho que é a mesma coisa com boa parte dos brasileiros. Já a sua história é especialmente interessante, uma casa de família na praia, ha mais de 60 anos e outro refúgio na Grecia… Que sonho. Mas o melhor de tudo é que você sabe dar valor à cada coisa. Jô, seria muito legal mesmo poder tomar um café e te conhecer pessoalmente. Espero que isso seja possível na minha próxima visita à nossa linda capital. Beijo!
Oi Jô, que linda postagem, adorei as fotografias, o seu mar é maravilhoso!!! O meu mar quando eu era criança, foi no litoral paulista acampando com a minha irmã mais velha que aproveitava os acampamentos para estudar para as provas da faculdade. Hoje o meu mar preferido é a praia do Félix em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, adoooro!!!
Um super beijo
Il mio mare? Un mare che cambia, continuamente, ondeggiando fra incredibili e inattesi contrasti…
http://plus.google.com/photos/102186911956643942330/albums/5708942516115816753
Ciao
fabrizio
Mare e neve… Un momento speciale, veramente!
Ah que pena, eu comentei ontem e acho que não finalizei.
Eu também tenho um mar, que fica em Itanhaém/SP. Não é uma praia de areia branca e fofa, mas pra nós é o paraíso!. Fomos para lá quase todos os verões dos últimos 26 anos. Lá fizemos história. Uma história linda. As viagens, com duração de 2 horas, eram recheadas de coxinhas, esfihas, chocolate, revistas em quadrinhos e baldinhos para areia. O carro ia abarrotado e o tempo passava rápido, nem parecia que durava 2 horas. A maior prova de que era tão bom, é que minha filha Luísa, que tem um bebê de 2 anos, está indo lá pela 2ª vez para fazer sua história também. Foram muitos castelos pingados, abecedário desenhado na areia, “salvamento” de peixinhos e tantas outras coisas bacanas, sempre com muita alegria, alegria, alegria. Saudades de qd elas eram crianças. obrigada por ter dado a oportunidade de relembrar os velhos tempos. bjs querida.
Mamélia, a internet aqui na praia é em câmera lenta. O comentário deve ter se perdido no caminho. Mas esse tá lindo!
Oiee!!! Amei o texto, pra variar, hehe…
Meu MAR é o mar, azulzinho, infinito e tranqüilo… É aquela imensidão sem fim com uma pequena faixa de areia onde eu possa caminhar ou sentar…
BOA SEMANA FLOR!!!! Beijãooooooo
Jô, seus posts são brilhantes. Mar, mar, mar.
Eu amo a água do mar. Mal posso esperar pelo próximo final de semana para me jogar no mar novamente.
Aliás, encontrei um maiô com perninhas e me sinto muito retrô ao usá-lo. Uma delícia!
O meu mar é o daqui do sul e prefiro ir à noitinha. Tomar banho é uma ginástica, não, é uma luta. Eu contra a água, sempre forte. Primeiro um encontro, eu contra ele, todo um oceano. Depois vamos nos comunicando, e aí a briga é para valer. No finalzinho do dia, as ondas vão se acalmando e já estamos amigos. Essa briga ninguém ganha e ninguém perde.
Bjs.
Todas essas respostas estão deliciosas. Mostram que cada um tem seu jeito de ver o mundo.
Jô
Jô querida! que bela postagem amiga, parece que a gente está no lugar…dá para sentir a areia e o cheiro das conchas…tudo de bom! parabéns e obrigada por postar maravilhas…bjs
Sempre me conheci a apanhar essas preciosidades na praia!
E ainda hoje quando encontro uma fico enternecido com essas recordações bonitas!
Que lindo!! eu adoro mar, praia. A “minha” é a de Bertioga (litoral paulista), que cresceu e desenvolveu junto comigo. Que saudade da época que conhecia quase todos pelos guarda-sóis, dos dias que haviam poucas pessoas por lá e a praia era praticamente minha e de meu irmão. Os anos se passarão e hoje, não reconheco mais ninguém, pra não dizer ninguém, reconheco uma familia apenas. Mas tudo bem, Bertioga sempre será minha casa, aquela praia que não guarda mistérios, aquele mar que conheco de longe e sei quando está “bravo” ou não. Lindo post!
ops…”os anos se passaram”
Como sempre me emocionas com teus post. Este é especial porque falas do NOSSO mar. Minhas recordações dele são apenas mais antigas pois foi lá que fui pedida em casamento, assim iniciando uma vida a dois, logo a seis, e assim foi até hoje, se expandindo para todos os lados , com pessoas maravilhosas. Deus abençoe. bjo. Mami.
Ok,vamos às reminiscências e ao tempo travesso.O registro é de Caiobá,c/ apenas 3 edifícios,percebeu? Subir o morro dia sim dia não, pescar na pedra da Mapi, fazer pique-nique na ilha e praia das tartarugas,só sabendo das marés…assistir as tempestades do alto da estradinha que vai pro ferry,e descer de bike no “pau”.Nadar além mar na praia mansa c/ pé de pato no final das tardes e depois já no ápice da adolescência,flertar c/ os poucos surfistas no point de Matinhos(em frente ao superm, Real) .Depois do jantar,me integrar naquele Panorâmico,em baixo do prédio da Mapi,onde várias culturas se mesclavam,entre elas os playboys,as dondocas ridículas,os da “pesada” e outros seres…Apesar de todo ranço da “divina Caiobá”, consegui me deleitar por longos anos.Não existia pagode nem “sertanojo”aporrinhando nossos ouvidos,e sim as conversas no meio da brisa…do mar.Bj.
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Tenho muitos mares em minha vida. Sim, tem o mar de Jeri, que há pouco conheci, deslumbrante… tem o mar da “prainha” do ferry, próximo a Guaratuba, onde íamos na férias pq não tinha ondas, e me lembro q a água era cremosa… esse fica nas lembranças da infância. Tem tb um mar dentro de mim, salgado e escuro como o quê… um mar revolto e egoísta, que levou só pra si uma estrela, mar que não me deixa mais admirar calma e inocentemente sua beleza, que me decepcionou e me machucou demais. Ele me traiu e nossa relação foi quebrada. Em infinitos pedacinhos. Não sei o que ele fará para consertá-la, mas por mais contraditório que pareça, estou lutado com todas as minhas forças pela sua preservação. Agora mesmo atentei para isso! Espero então pelo equilíbrio desses sentimentos, e um dia, novamente admirá-lo como a magnânima força da natureza que é.
A minha infância foi em Guaratuba com minha amiga e vizinha Célia Burkinsky . Lá aprontávamos todas !! O mais divertido era pegar “águas vivas”e colocar em potes de vidro para levar para casa. Claro que o bicho derretia e virava água literalmente. Íamos na praia em dia de chuva com sombrinhas que se desfaziam com o vento forte o que provocava muitas gargalhadas uma olhando para outra com suas sombrinhas “mortas” e morríamos de rir até mijar mesmo .Já com os filhos tinha uma casa construída pelo marido em Gaivotas. E lá passávamos os verões juntamente com cunhada e primos. Meu filho mais velho faz aniversário dia 31 de dezembro , seu primeiro aniversário foi lá e os nove que se seguiram também Muitos castelos , muitas barquilhas compradas na frente da minha casa todos os dias., aprendizado de andar de bicicleta . Botes infláveis em alto mar crianças dentro , mãe enlouquecendo de tanto cuidar dos pequenos na praia. Os olhos ardiam de tanto fixar neles. Mas aproveitaram ao máximo !! Curtiam cada minuto ainda mais com os primos junto. Diversão garantida. Bjo grande.Giselle.
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Jô, que lindo post. Eu também tive uma linda praia em minha vida e com muitos acontecimentos como os teus.
Nossa ! Quantas recordações !
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[…] casinha foi feita pela Christa há algum tempo, inspirada em nossa casa na praia. Tem a mesma cor, as grades nas janelas (que jamais conseguiram impressionar os ladrões), a rede […]
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[…] aparvalhado, lagriminha se formando no canto do olho. Minha escola, minhas férias na infância, a casa da praia, as comidinhas de minhas avós. Sei que preservando o que foi importante para ser quem sou, passo […]
[…] novo prato da Raquel chegou na minha casa. Encomendado para enfeitar a casa da praia, ficou tão lindo que não consegui ficar longe dele e vê-lo apenas nos poucos dias de férias de […]