Das viagens de carro com meus filhos pequenos, lembro do olhar desolado de meu marido avaliando malas e cacarecos e o espaço disponível no porta-malas… Em segundos, disparava a pergunta: “Você-tem-certeza de que vai precisar de tudo isso?”. Tinha. E usava. E cabia no carro, creiam.
O “precisar de tudo isso” combina com o assunto dos últimos posts, a ordem. Para começarmos uma verdadeira organização, tudo passa pelo crivo do apego. Porque temos tantas coisas? Porque, mesmo tendo tanto, continuamos a adquirir mais e mais?
Podemos atribuir uma parcela da culpa à oferta, à velocidade das mudanças da moda e com que os aparelhos tecnológicos se tornam obsoletos. À propaganda. Ao desejo de experimentar, de ter o que os outros têm, à síndrome da formiga que acumula, acumula…
Mas estávamos falando de ordem e, para alcançá-la, é fundamental classificar. Podemos classificar tudo o que temos usando diversos critérios: novo, querido, bonito, faz-parte-da-minha-história. Mas acho que a melhor classificação para quem quer uma vida organizada e consciente é: uso/ não uso. Uso, fica. Não uso, tchau. Por tchau entendo dizer que tudo o que está sobrando na sua casa pode ser útil para alguém ou está pronto para ser reciclado e se transformar em uma outra coisa. Portanto, seguindo as ideias de Gail Blanke em “Jogue fora 50 coisas“, com tudo aquilo que está rodando pela sua casa e não é usado, encontre um destino entre:
a) vender
b) doar
c) jogar fora. Assim: puf!
E ela não fala apenas sobre objetos. Quando explica sobre a necessidade de rever prioridades em nossa vida, de organizar nosso espaço e cabeça, fala também sobre crenças, convicções, lembranças, trabalho e até pessoas. Faxina geral. Abra espaços e aplique isto de fato, de forma drástica. Não basta jogar fora coisas velhas e estragadas, você também pode se desfazer daquelas coisas novas e impecáveis que não são utilizadas. A roupa que você nunca vestiu, o livro que você comprou e nunca quis ler, o perfume que não era tão bom assim. A máquina de pão que você se recusa a usar, a toalha que é pequena para a sua mesa…Casas lotadas são casas pesadas e complicadas de arrumar.
Olhe em volta. Analise. Comece a sua organização.
E aqui um vídeo que fala da consciência, ou falta dela. Dos pequenos movimentos que podemos fazer para mudar o mundo. Dica da Badi.
Você vai ter mais ideias de organização em…
Imagens: http://www.weheartit.com
JÔ…….Ameiiiii!!!!
Estou num processo de mudança no meu trabalho e passei quase duas semanas juntando tralhas e cacarecos de 27 anos de profissão….captou o tamanho da bagagem?? Aí a gente guarda, entrouxa tudo em um canto, espreme no armário esperando o dia que vai precisar da bagulhada….. quando se quer saber onde está ………não se sabe onde colocou!!
Foi aí que resolvi JOGAR algumas coisas, mas depois dessa leitura, com certeza, vou voltar aos guardados e arremessar mais um punhado de inutilidades por aí!!!
Bjs
Dá-lhe, Ana! O universo agradece!
Jô, que super esse vídeo! Além da mensagem ser ótima, me admira a criatividade das pessoas para inventar algo assim.
Sobre a organização, minha teoria é que organizar poupa tempo que pode ser dedicado a outras tarefas mais interessantes do que ficar 30min procurando uma chave.
Raquel
O vídeo é sensacional!
Quanto as compras posso garantir que a partir dos 60 / 70,todas essas listas, supermercados, butiques, shopings etc.,
vão perdendo a graça. Ou até antes….Nada serve, tudo é longe….
Realmente, temos que nos perguntar, para que tudo isso? o comum é, “um dia pode precisar….” e vamos criando alguns cantos tipo: antiquário, porão, sótão, etc. que representam a guarda de todas as quinquilharias. Mas, da minha parte, não estou sozinha nesta, o meu marido é muito pior do que eu, qquer pedaço de papel, ele amontoa!
Invariavelmente, pelo menos 1 vez no ano temos que parar e fazer um arrastão, doa a quem doer!
Arrastão. Excelente denominação. Pente fino também explica.
Jozz, como já da pra imaginar pelo comentário da minha mãe, aqui em casa temos duas espécies absolutamente antagônicas e extremas: a “mulheris adoris jogaris tudiens – atelis o que non devis – forae” e o “homo guardaris atelis panfletus de sinaleirus durantiens decadis”. É muito comum o conflito entre os espécimes citados e o enlouquecimento de sua prole.
Beijezz.
Jezz,
Adorei os espécimes !!!
Nossa! Eu adorei este post! porque concordo muito com tudo isso! Prá que guardar o que não te traz lembranças e coisas boas? Destralhe-se, é isso aí!
Jô, adorei o blog!!! Show de bola!!! Precisamos marcar para visitarmos as obras das artístas. Estou precisando comprar presente de aniversário.
[…] Para que tudo isso? […]
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Agora eu tenho certeza que vou amar o seu blog. Eu odeio juntar coisas que não preciso. Uau! Bjs.
[…] sempre dizendo aqui que não devemos guardar coisas que não são mais úteis ou são demais. Essas podem ir embora […]
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[…] Para que tudo isso? […]
[…] por uma paixão específica. É um guardar pensado, precioso, organizado. Diferente de acumular: simplesmente guardamos. Calças jeans, perfumes, sapatos, canecas, pratos, panelas, travesseiros e… livros. É, eu […]
[…] Quanto mais temos, mais difícil fica decidir o que levar em uma viagem. Apegados, vamos querer tudo e não podendo levar tudo, vamos sentir falta bem daquilo que não levamos. E voltamos sempre à mesma conclusão…o melhor mesmo é ter o que realmente usamos. […]
[…] Para que tudo isso? […]
Vc escreve tão bem Jô. Deveria escrever crônicas regularmente. Tenho já há um bom tempo tentado me desvencilhar de muitas coisas que acumulo. Acho que por morar fora e sozinha, também crio um apego desnecessário. Muitas realmente sem necessidade. É duro o deixar ir, mas eé um processo que é so a gente comecar com ele que as coisas já mudam um pouco, e cada vez vai ficando mais fácil. Having said that, ainda tenho um long way to go.
[…] Para que tudo isso? […]
[…] Para que tudo isso? […]
[…] Para que tudo isso? […]
[…] um latão de recicláveis no vestiário? Que doa tudo que não usa mais, desapega geral? A que não incentiva o acúmulo e está sempre incomodando as pessoas doarem livros e mais livros? A que insiste em recuperar, […]
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