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Posts Tagged ‘Escritos’

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Bartolomeu é um elefante. Nasceu da necessidade de sossegar duas crianças inquietas em uma viagem de carro. Assim como nasceram tantas outras histórias, inventadas, incríveis e logo esquecidas em algum canto da mente atarefada de uma mãe, na hora de dormir diante do nosso Contador de Histórias. Mas Bartolomeu ficou. Virava e mexia, a gente se lembrava dele.

Passaram-se muitos anos, meus filhos Leo e Marina são pra lá de grandes já. Eu resolvi aprender a desenhar e passei a frequentar aulas no Solar do Rosário, com a Mari Inês Piekas, ilustradora incrível aqui de Curitiba. Dá para ter uma ideia do trabalho detalhista dela, só pela quantidade de passarinhos nessa imagem…

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Passou-se lá um ano, desenhei frutas, verduras, sombreados, hachuras, virei fanática por lápis de cor, pincéis, grafites, lápis pastel e coisas do gênero. Desenhei uma porção de coisas que aparecem aqui pelo blog, sempre na base da muita diversão e pouco compromisso. Fui descobrindo que desenhar é louco de bom, mas que eu não sou louca de boa nisso. Mesmo assim, resolvi dar vida ao Bartolomeu. Ele foi aparecendo e resolvi fazer dele um livro. Para conviver melhor com o resultado e minhas expectativas, dei mais voz ao meu lado artesão e pedi que o pessoal da Insight, que editou o livro e trabalhou as imagens, o deixasse assim, com cara artesanal, nada muito perfeitinho. Como minha professora Mari Piekas participou do processo de criação (e porque sou muito fã dos desenhos dela), a convidei para criar a ilustração central, que ficou apenas… sensacional. Não mostro aqui porque é a surpresa da história.

PicMonkey Collage

A Coceira de Bartolomeu conta a história do simpático elefante Bartolomeu que precisa resolver um problema e sai em busca de uma solução que seja boa para todos, não apenas para ele. Uma oportunidade para conversar sobre superação de dificuldades, respeito à diversidade e convivências.

A Coceira de Bartolomeu“, da Editora Insight, também conta com ilustrações de Mari Inês Piekas, apresentação de Marilza Conceição.

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O Bartolomeu tem uma página no Facebook, acompanhe.

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Eu gosto de escritos. Jovenzinha, tinha um diário, onde escrevia sabe-se lá que tipo de coisa e do qual infelizmente dei cabo. Hoje adoraria ver o que pensava quando tinha 14 anos. Cartas, centenas e guardadas: imagino eu e meu marido, não enxergando nem a ponta dos próprios narizes e relendo a história de nosso começo. Foram textos e mais textos sobre Síndrome de Down, sobre inclusão.  Para todos os eventos familiares, um discursinho, devidamente escrito, falado e arquivado por uma curta eternidade.

Pena que,  para muita gente, escrever é como ler: muitos pensam que não gostam. Digo pensam porque acredito que quem diz que não gosta de ler, só não encontrou o livro certo – e o que é pior, deixou de procurá-lo há muito tempo.

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Escrever também é assim. Um preconceito aprisiona o escritor que há em cada um. Por medo do erro ou da falta de assunto, deixa de colocar no papel e de proteger da volatilidade característica aos pensamentos, a sua história, as íntimas e incompartilháveis minhocas. Nem sempre escrevemos para sermos lidos por outros, escrever também organiza ideias, deixa um registro do que fazemos, pensamos ou planejamos. Nossa existência, dizem, dura enquanto alguém lembra de nós e irá se esvaindo, feito fibras de um tecido que o tempo cuida de esgarçar. Já o que deixarmos escrito, ficará.

Então, recomendo: escreva. Registre, se não para a eternidade, no mínimo para um dia poder sentar e recordar-se de si mesmo. Escreva o que bem entender:  até agendas, revisitadas, nos lembram de lugares em que estivemos e coisas que fizemos. Escreva cartas, bilhetes, listas de desejos ou planos, faça álbuns e escreva lá o que as fotos significam. Escreva suas receitas em um caderno, anote as frases engraçadas dos seus filhos ou netos em algum papel e guarde – a gente acha que nunca vai esquecê-las, mas… esquece, se não estiverem escritas. Quando precisar dizer algo a alguém e não souber como, escreva – a escrita aceita revisões, complementos, até que o seu objetivo esteja todo ali.

Esse livro  – One Line a Day – é dica bacana: um lugar para escrever alguma coisinha por dia durante 5 anos. Encontrei aqui, no A Series of Serendipity, da Melina.

Muitos filmes se baseiam em coisas escritas. Mostro aqui um dos meus preferidos e logo abaixo uma lista dos que lembrei que têm escritos como tema principal. E tem outros dos quais já falei, aqui e aqui.

Mensagem para você: mensagens trocadas pela internet. Um amor nasce por escrito. Julie e Julia: uma garota resolve testar e escrever sobre as receitas deixadas por cozinheira famosa no passado. Cartas para Julieta: cartas escritas há anos e uma garota que resolve entregá-las. Uma doce mentira: uma carta escrita e mal interpretada. Central do Brasil: cartas escritas na estação central para pessoas que não sabem… escrever. Escrito nas Estrelas: um nome e telefone escritos em um livro que precisa ser encontrado para provar que o destino existe… Nunca te vi, sempre te amei: casal que se corresponde durante toda a vida.

Você lembra de mais algum? Me conta que coloco aqui. E para finalizar esse longuíssimo post, uma cena de um filme que precisava da escrita:

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