Uma das minhas mais remotas lembranças da infância, pura e cristalina porque não se apoia em fotos, mas apenas na recordação da cena e das sensações doces a ela relacionadas, é a do meu avô paterno me ensinando a desenhar e pintar. Ele morava no apartamento em cima do nosso e chegava com um leve assobio-senha do qual também lembro muito bem. Tínhamos a nossa hora, o nosso encontro para nos divertirmos assim, com lápis de cor e cadernos. Essas boas memórias habitam o mesmo compartimento das bonecas de recortar vestidos, do Desenhocop, da pintura mágica com água e pincel. Tem gente aí do outro lado da tela que nem sabe do que estou falando…
Infelizmente, meu avô se foi cedo e não tive tempo de perguntar se ele desenhava comigo para agradar sua primeira neta ou porque ele também gostava de pintar e era muito bom nisso.
Hoje, tantos anos depois, decido: ele era muito bom nisso. Me ensinou algumas coisas sobre pintura com lápis de cor que aplico até hoje. O que me faz lembrar dele cada vez que desenho, que bom. Principalmente porque agora tenho lidado muito com caixas de lápis de cor, numa nova mania de ilustrar um livro que tem me tirado o sono e animado meus dias. Os lápis de cor estão de novo na minha vida. As voltas que a vida dá.
Mais um domingo no Croquis Urbanos. Dessa vez, no MON – Museu Oscar Niemeyer. O pessoal é craque, saem desenhos lindos, mas o clima é tão camarada que a gente nem se sente menos capaz.
Você também pode gostar de…
Jô, na carona das tuas lembranças, me deliciei com a memória viva do Desenhocop e da pintura mágica, minha paixão sem igual da infância. Hoje ainda encontrei um cartão bordado para a mãe, nos altos dos meus 5 aninhos, e refleti sobre essas sementes plantadas cedo e que dão rumo à vida. Parabéns pelo reencontro com os lápis de cor e por honrar o talento do avô e o prazer da menina criativa que segue firme e forte contigo. Beijo
Jô, que delícia de postagem. O que mais me marcou nisso é que eu não estou sendo um bom avô. Preciso urgentemente criar um assobio-senha, kkk! É fundamental isso. Valeu, Jô!
Um beijo,
Manoel
Cara Bibas, Grato pelas lembranças do fenômeno lápis. João Proteti, de Campinas, grande artista e amigo, fez, na Galeria Aquarela uma instalacéu, ou instalateto, com 55000 lápis de cores. Foi incrível, quando a gente passava por debaixo dela sentia o cheiro da Madeira dos lápis. Abs hl Enviado via iPad
Ficou lindo Jô!
Descobri seu blog recentemente e como morei 22 anos em Ctba, e amo esta cidade, assim como amo cores e lápis de cor, estou lhe acompanhando.Tenho uma netinha de 3 anos que ,nas palavras dela “adola” desenhar. compro sempre livrinhos de desenho e álbum de pincel mágico, que ela ama. Agora estou ensinando a ela, através de livrinhos do maternal a ligar pontinhos, que como passo de mágica, aparecem desenhos. ela fica encantada e está sempre me pedindo: vovó, vamos ligar pontinhos? Será que ficarei na lembrança dela para sempre?
Eu também tive um tio que era pintor e foi ele que me ensinou a brincar com cores e lapis, assim como meu pai, que era musico, me ensinou a mexer em coisas musicais.. por isso posso imaginar quanto forte e importante foi pra você essa lembrança do avô que você descreveu muito bem.
Não vou tocar no assunto lapis coloridos e pastéis porque sou viciado em isso 🙂 tenho um montão de coisas e sempre vou em busca de coisas novas!
Jô,
Também lembro do meu pai qdo pego um lápis,mesmo p/ desenhar na cerâmica.Ele que me ensinou a olhar pro sol e depois desenhar, pra aprender onde era o leste-oeste e assim, fazer o claro e escuro.E como ele, tbem gostava de desenhar carros de fórmula-1 “em movimento”.Daí a paixão.
Bjs.
[…] Desenhar […]
[…] Desenhos em família […]
[…] e a alegria de ver minha irmã tendo essa bebê tão linda é gigante. Aproveitei que ando tendo aulas de desenho e fiz nossa árvore genealógica atualizada pela chegada de Isabella e […]
[…] Desenhar […]
[…] Desenhar […]
[…] Desenhar […]
[…] das aulas de violão, de piano, de tricô, de ballet; das pessoas que me ensinaram tudo isso. De desenhar com meu avô, da minha criação de tatu-bolas, do padeiro que chegava com o pão quentinho ao por-do-sol na […]
[…] Desenhar […]