O post anterior me deixou meio desconfortável. Fiquei pensando em pessoas olhando apetitosamente seus lindos livros e pensando em transformá-los em guirlandas, corações, velas… Para tranquilizar minha alma, lembro que geramos muito outros papeis que precisam de um destino mais nobre que um lixo qualquer. Primeiro, pense em reler. Depois, pense em doar. E para as revistas em quadrinhos, revistas em geral, mapas, papel de scrap que ninguém quer, dê uma última chance. Tudo pode virar algo lindo.
Tenho falado muito sobre livros. Sobre os que gosto, sobre nossa biblioteca, sobre o desapego. Sobre meu trabalho com a Freguesia do Livro, que nova vida a livros esquecidos em estantes. Virei craque em encaminhar livros de um dono antigo a outro novo, de estantes onde descansam ociosos para mãos e olhos ávidos por novidades. O livro que é velho, lido e esquecido para uns, tem o frescor do novo para tantos.
Mas tem alguns que, mesmo que a gente tente, empurre pra cá e pra lá, ninguém quer mais. Juro, nem sebos querem. É triste, mas tem livros que simplesmente vão para o lixo (reciclável, pelo menos).
Agora encontrei muitas ideias de coisas que se podem fazer com páginas de livros. Uma última lufada de vida e eles voltam a desempenhar um belo papel em nossas casas.
* considerando o primeiro comentário recebido para esse post e o fato de que algumas pessoas que entrarem aqui não terão a dimensão completa do meu amor aos livros, declaro: quando falo em livro velho, pense em algo despedaçado, desfolhado, sem eira nem beira, para o qual tudo já foi tentado. É esse. Os outros, ainda podem passear!
Aproveitando o comentário ao post anterior feito pela amiga R.:
Quando falamos em consumo consciente, a ordem dos fatores é importante: primeiro Reduzir, depois Reutilizar e só depois Reciclar.
Reciclar só é muito legal se a única outra opção para um determinado objeto for jogar no lixo. Reciclar, apesar de poupar matérias-primas, é mais caro e gasta mais produtos químicos do que fazer novo porque é preciso recolher o velho, transportar, higienizar, destruir, reconstruir o novo, transportar e distribuir novamente. O grande lance é evitar ao máximo chegar a esse ponto, primeiro reduzindo e depois reutilizando.
Eu já tinha contado que as imagens eram muitas. Então continuo com as ideias de como reusar objetos com cara de tchau, dando a eles novas funções ou aparências.
Uma guirlanda seca e restos de papel colorido e jornal…
Apreciadores de vinho rendem bons carimbos.
Fundinhos de garrafas pet. Delicado.
Mudas em rolos de papel higiênico.
Do vinho ao vinho.
O vidro tem uma longa viagem antes de chegar ao lixo. Bons tempos dos engradados de garrafas de vidro de cerveja e refrigerante. Menos cômodo, mas quanto plástico a menos em forma de garrafas pet….
E resto de lã? Pompons! Sou fã, sabia fazer quando pequena porque aprendi no Tesouro da Juventude. E definitivamente esqueci, fato comprovado quando há pouco tempo tentei fazer um, cheia de sabedoria, sob os olhares desconfiados de marido e filha… Um fiasco. Acabei com fiapos de por todo lado e ainda tendo que encarar os “eu bem que falei” dos familiares… Como não me rendo fácil e quero marcar minhas malas com pompons para a viagem que se aproxima, vou tentar novamente.
Para fazer pomponzinhos.
Como fazer pompons. Confesso que ainda não testei. Boa sorte!
Jô Bibas, fonoaudióloga e artesã. Aqui mostro minhas artes e ideias e de amigas de longa data. Cada uma com seu talento, seu jeito, suas cores.
Curitiba/PR.