O termo vem da área da aprendizagem e cognição: zona de conforto. Lugarzinho onde moram as nossas aparentes fronteiras, delimitações do que conseguimos fazer ou aprender, onde mora também a desculpa do não consigo, de braços dados com a preguiça, de codinome comodismo. Ali ficamos, meio felizes e meio entediados, até que algo nos sacuda e desequilibre. Algo novo, desconhecido, que faz a gente se mexer, espichar o pescoço por cima do marasmo, encarar o desafio de aprender e de assumir novos compromissos. Mais fácil seria ficar deitado no berço esplêndido do dominado e conhecido, mas quantas alegrias (e sustos, e dúvidas, e erros, ou seja, de vida!) nos reserva esse movimento.
Aqui o sacolejo veio do fato de que Marina se foi para as terras do Tio Sam e me deixou com a incumbência de honrar seu compromisso de fornecer cupcakes ao Saaz, cervejaria aqui de Curitiba. Quem acompanha esse blog sabe que cozinho, asso, frito, o que vier. Mas, como mãe de uma “cupcakista” de primeira, fiquei assim, receosa… Nunca tinha feito e ainda como encomenda… Marina, esperta, me mandou a receita detalhadíssima por e-mail, mas lá dentro tinha comentários do tipo “100 gramas de chocolate mais um esguicho de creme de leite. (Curtiu o esguicho? Mas você entendeu, tenho fé em você!).”
Enfim, encarei a novidade e mandei ver. No meio do caminho, um ingrediente faltando. Emoção, pura emoção. Deu tudo certo, no final. E a sensação de superar um desafio, por pequeno que seja, é ótima!
Vai, você dá conta!
Aqui, Marina fazendo o cupcake:
Imagens de ingredientes: Pinterest
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