Depois de algumas temporadas na mesma ilha, o comércio local meio que se esgota: sempre os mesmos olhos gregos, sandálias de couro, saídas de praia… Na conversa jogada fora na beira do mar, uma das amigas então propôs: “vamos imaginar? Desligar o senso de realidade e apenas nos permitir empilhar vontades de improvável concretização”?
Assim, num estado de sonho coletivo, abrimos uma lojinha em Leros. Cada uma declarou o que faria para colocar na loja e tivemos que buscar talentos escondidos. A professora de escola italiana decidiu que poderia pintar pedras, minha cunhada fisioterapeuta lembrou que sabe costurar, então faria bolsas de pano e toalhas de mesa com apliques. Laura é mestre em molhos para massas e geleias, Marina faria cheesecake. Eu, pintaria camisetas e madeira e, por que não, já que estamos sonhando mesmo, traria muitos biquínis e havaianas para vender. E colares da Ocléris e os lenços da Liane. Loja linda, não dá vontade de acordar.
Registrei o desejo em papel. Quem sabe um dia…
Uso muito a frase: “o melhor da festa é esperar por ela”. Acho que também se aplica aos sonhos: tem sonhos que basta… sonhar.
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