
Pura poesia.
Um dia perfeito. Um lugar perfeito.
Foi isso o que vivemos neste sábado. Em um grupo organizado pela Magda, fomos a Quatro Barras, cidade pertinho de Curitiba. Chegamos lá às 9:00 horas de uma manhã ensolarada e voltamos para casa defumadas e felizes, sob um céu com mais estrelas, como só as zonas rurais podem oferecer. Fomos participar de uma oficina de Rakú, técnica da cerâmica que mexe profundamente com os elementos terra e fogo, na chácara do ceramista e professor Gilberto Narciso.
Começamos com um passeio pelo lugar, com direito a pomar, cachoeira, rododendros e azaléias, Beatles numa vitrola e esculturas escondidas entre a vegetação. Pura poesia.
Começam os trabalhos e passamos o dia em três rodadas pelas etapas do Rakú: pintura, queima, resfriamento e apreciação de nossos dotes despertados como ceramistas. As cores só se revelam no final do processo, surpreendendo ou correspondendo às expectativas, exercício fundamental para aprendermos que o barro, os pigmentos e o fogo interagem de formas às vezes inesperadas e a que a natureza é quem tem a última palavra. Nem tudo sai como se imagina, mas tudo sai belo, único e irrepetível.
Sol, paisagem agradável, professor simpático e arte… O que fica faltando para tornar essa jornada ainda mais memorável? A comida, minha gente, a comida… Enquanto nos desdobramos na oficina entre cores e pincéis, vasos e fogo, fumaça e água, lá dentro da casa, Beatriz, a esposa do professor, produz delícias. O almoço servido na varanda florida nos brinda com suco de framboesas colhidas ali mesmo, saladas variadas, entre elas uma com lentilhas rosa (confesso: nunca tinha visto!), quiches, gnocchi de semolina e frango ensopado. A sobremesa, um manjar com calda de framboesa e frutas da chácara transformadas em compotas pela talentosa Bia. “Chega!”, você diria. Nada disso. No final do dia, depois da terceira fornada de nossas obras-primas de barro, voltamos à mesa, dessa vez para um lanche da tarde constituído de pães, bolos, torta de maçãs e damascos… Melhor parar (de escrever, porque de comer foi difícil…). Beatriz também é autora de um bolo de frutas que tem gosto de Natal, mas merece ser feito e comido o ano inteiro.
A perfeição mencionada no início foi completada por estarmos entre amigas, aproveitando para falar sobre tudo e rir sobre nada, cantando e dançando ao som dos Secos & Molhados. O ArteAmiga recomenda um dia desses a cada pessoa que nos lê!

Assim começamos…

Assim terminamos.

O início do processo.

Pintado. Antes do forno. Como será?

Incandescente.

Uma obra-prima! Resfriada e lavada.

Hora do almoço.

Passeio.

Cachoeira.

Folhas plissadas.
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