Essa ideia, a da familiaridade, tem me encafifado. Ela fala de família, mas não se restringe a isso. Você pode se sentir familiarizado com gente que nem encostou no seu DNA, enquanto com outros que têm o mesmo sangue que o seu fervendo nas veias, não há familiaridade nenhuma. Famílias são conceitos amplos e definidos por algo maior do que a genética.
Essa compatibilidade, esse sentir-se em casa com pessoas ou em certos lugares, é tão reconfortante que chega a doer. Uma música, um sabor, um cheiro, uma imagem. Todos os sentidos atuam como cúmplices na construção dessa sensação, impalpável mas poderosa. Você olha em volta e, por algum motivo indefinido, se sente acolhido, como se aquela pessoa ou lugar fossem um abraço, um colo quente, uma viagem no tempo. Isso. Acho que tem a ver com memórias, com coisas já vividas, com marcas muitas vezes inconscientes, essa sensação de ter, enfim, chegado.
Essa conversa de família lembra ninho, ninho lembra passarinho. E combina com a experiência que acabamos de viver em família, habitantes de apartamento que somos, de ver um ninho de sabiá, dos ovos ao primeiro voo do filhote. Foi lindo. A natureza é sempre surpreendente.
E também lembra os passarinhos em bancos que acabaram de sair do forno. Um deles é declaradamente inspirado no blog que amo, o da Gennine e seus passarinhos maravilhosos.
Para mais bancos: Aberta a temporada de bancos
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