Há um ano sofri uma crise de coluna avassaladora. Uma dor maluca que me imobilizou e me fez chorar feito criança. E a primeira coisa que pensei foi: “eu não vou mais poder dançar”. Entenda-se por dançar, no meu caso, aulas de Jazz duas vezes por semana, para que ninguém imagine que o mundo do espetáculo estava por sofrer alguma perda inestimável…
Medo de ficar de cama? De não poder dirigir? De não poder cozinhar (quem dera…)? De fazer uma cirurgia? Não, nada disso. Só senti medo de não poder mais dançar.
Por isso hoje, saindo da minha aula, suada, vermelha e feliz, pensei em várias coisas: o quanto ter metas é determinante, a vontade de saltitar na frente daquele espelho ao som de Beyoncé me levou a superar um diagnóstico bem negativo. E o quanto é importante valorizar a não-dor (ou quase) e aprender que o corpo fala, dita limites, impõe novas regras que a gente precisa respeitar. E, por fim, que todos nós precisamos ter uma coisa que nos faça muito felizes, que nos faça ir atrás. E caso você não tenha, mexa-se, procure, porque isso é fundamental: ter uma motivação, um combustível, uma paixão. Sem isso, pra quê?
“O que aconteceria se, em vez de apenas construir nossa vida, nós nos entregássemos à loucura ou à sabedoria da dançá-la?” (Roger Garaudy). Recebi esse frase de minha professora de jazz, a quem agradeço todas as segundas e quartas por me motivar sempre.
E agora, um clássico.
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Jô
Você tem sido uma inspiração e motivação para mim desde que descobri seu blog. E você nem me conhece. Através das sua arte amiga já fiz muito artezanato, já comprei almofagatos da Barbara, já gizuora coisa para meu refúgio na praia etc etc etc. Mas hoje você citou Roger Garaudy. O livro dele que cobrem a frase chama-se Dançar a Vida e me acompanha ha mais de 30 anos. Leia. Tem tudo a ver com esta reflexão de hoje. E obrigada pela dia presença Amiga! Carinhos
Carmen Lucia
Para mim Jô, dançar é o melhor pedaço do bolo da vida. É claro que temos que comer o bolo inteiro mas, dançando a digestão é muito melhor! parabéns pela superação.
Bjs
Vania
Uma lacuna na minha vida – a dança “com estilo” – agora danço em qualquer situação com qualquer música. Quando me vejo estou “dançando” na fila do cinema, no supermercado, consultório, escritório… muito bom. Sem vergonha.
Amo teus posts. Bacioni! Or
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Jô, você é sensacional. Um amor de pessoa ao dar essa importantíssima dica e depoimento. Valeu muuuuito!
Manoel – Blog do Óbvio
Jô. Você pode me dar o endereço/ telefone onde faz suas aulas de jazz? Se quiser, pode ser no meu e-mail particular que você tem, OK? Obrigada e grande abraço de parabéns pelo seu blog que foi e continua sendo uma inspiração para mim.
Filha, a perda irreparável seria para ti, que amas de paixão dançar, desde adolescente. Uma força muito importante deve ter te abraçado e posto em pé novamente. Agradece. bjo.
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