Um filme imperdível. Fala de superação, da relação de pessoas totalmente diferentes, da raça à cultura, do nível social às expectativas. Mas fala principalmente do preconceito. Ou da falta dele, o que é muito melhor.
Ser deficiente é algo tão específico, que recusa generalizações. Quem é deficiente, em geral, é deficiente em uma habilidade, mas tão ou mais eficiente em tantas outras. E todas essas outras habilidades querem ser tratadas com normalidade, não sei se me entende. O personagem principal do filme é tetraplégico, mas não quer ser subestimado, não quer ser tratado como coitado, não quer se esconder da vida e tudo isso acontece pela convivência com uma pessoa sem ideias preconcebidas que se relaciona com seu patrão-amigo como se ele pudesse fazer tudo. E isso é o que toda pessoa com necessidades especiais quer: que se lembre do que ela pode, e não apenas do que ela não consegue.
Deficiência acontece. Pense nisso. Hoje estou super bem, penso direitinho, me expresso com clareza, vou e volto por minha conta, levo um garfo à boca sem deixar cair um grão de arroz, enxergo do longe à letra miúda, escuto o passarinho, o trovão e o sussurro, discrimino sabores, odores e texturas. Tudo em mim funciona, mas até quando? Idade, acidente, doença, peças pifadas podem diminuir meu grau de eficiência de uma hora para outra.
Portanto, lute contra os preconceitos. Eles nem sempre são mal-intencionados, na maioria são apenas burros. Generalizações não funcionam bem nunca. E presumir que pessoas não podem, não sabem ou não conseguem por que são isso ou aquilo, é uma bobagem sem fim.
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Jô, não conhecia o filme, mas cada vez que te conheço mais, mais te admiro. Lutar por causas que sofremos na pele é bem mais fácil do que se empenhar para amenizar a dor do outro. Conheço “nos ossos” o outro lado da moeda, mas prefiro fazer trabalho de formiguinha na luta pela minha minoria, do meu jeito, mais sutil. Tomara que também contribua. Beijão!
Que lindo texto,querida Jô! Assim como a querida Rosana acima, eu também te admiro muito pelas tuas idéias e ações… Concordo plenamente com tudo o que você disse…Também penso que tudo que afasta, diminui e dificulta o amor humano é sempre intolerável e leva à exclusão da nossa essência humana. O filme me parece mesmo imperdível… Vou correr pra assistir!
Beijo no teu coração!
Teresa
Jo, eu que trabalhei com educação por 30 anos sei muito bem “viver a diferença”. Também luto contra o preconceito e ao mesmo tempo sofro por discriminação. Algumas pessoas no Planeta não se conformam que precisamos estudar, estar atentos, colaborar para o bem comum. O que me entristece é que grupos de pessoas desinformadas crescem e conseguem convencer outra minoria igual a andar para tras… Grande preconceito! Tenho muito a falar, a contar, a compartilhar…
Oi, Jô! realmente o filme é maravilhoso! Eu penso que a deficiência maior é a que se encontra na fragilidade de nossas emoções e sentimentos. Feliz daquele que consegue ver, olhar e sentir em primeiro lugar, as coisas positivas da vida. Um grande beijo
Você sempre surpreendente. Pela sensibilidade, pelo jeito de escrever, pelo bom senso e pelo sentido da verdade. Grato pela sugestão.
Jô, coincidência ler isso hoje. Assisti o filme sábado e não paro de recomendar a todos que encontro. É imperdível. Sem falar que já nem lembro de quando foi a última vez que ri tanto no cinema. Não estranhem, mas a ausência de preconceito é tamanha que a platéia é levada às gargalhadas pela história de um protagonista tetraplégico auxiliado pelo fiel escudeiro que, na vida real, ele chamava de “meu diabo da guarda”. Sim, o filme baseia-se em fatos reais!
Adoro filmes baseados em fatos reais, principalmente com finais felizes. Renova as esperanças nas pessoas, né?
Ótimo filme, ótimo post (:
Foi exatamente o que me aconteceu. Mãe, esposa, profissional de moda, praticamente uma atleta, 52 anos, vida a todo vapor, um AVC hemorrágico:vida limitada.
Que texto soberbo, Jô, como sempre aliás.
Este vai conseguir quebrar um jejum de cinema, de uns dois anos.
Daí nos falamos. bjo.
Oi Jô, li a crítica sobre esse filme mas ainda não assisti.
Deve ser fantástico. Entendi que além do preconceito que dilacera a pessoa deficiente, ele trata também do preconceito racial, que hoje é muito grande também na França.
O diretor do filme conseguiu colocar dois tipos de preconceito em uma só historia (é verídica!) de uma maneira leve e divertida, com lances emocionantes (foi o que li).
Não vejo a hora de ver esse filme.
Depois de sua dica então, fiquei mais curiosa ainda.
Beijos amiga, tenha uma linda semana.
Pode até ser redundante dizer o quantos escreves muitíssimo bem, mas conseguiu num trecho resumir com sensibilidade o que é óbvio, mas que muitos não enxergam assim.
Dessa cadeirante aqui, um beijo no seu coração!
E continuando sua fã 🙂
Oi Jô, saudades…belo texto e indicação. Verei!
🙂
bjs.
perfeito!!
Querida Jô,grata pela indicação do filme Intouchables, você sabe, das muitas ações preconceituosas, com agressões físicas,morais e emocionais, que sofremos no Sul do Brasil, principalmente em Curitiba,razões que nos levaram, Graças a Deus, para o amado Nordeste e seu povo maravilhoso e acolhedor!Quando quiser,nos visite no Nordeste, você também vai amar!Inclusive encontrará várias fonoaudiólogas que desenvolvem o Método Padovan de Reorganização Funcional Neurológica, no Nordeste!Que Deus abençoe você e sua família.Abraços, seus eternos amigos Deisy e Alessander.
Este é um filme que deveria ser visto por todo mundo,
Faz a gente lembrar que a vida é muito mais do que apenas viver, temos que ter sensibilidade para poder tirar das adversidades o melhor para o nosso crescimento,
Ótimo filme!
Abraço, bom dia
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[…] que aqui escrevemos e este texto lemos, podemos não ter nenhuma deficiência aparente. Mas ninguém é bom em tudo. E a boa notícia é que também ninguém é ruim em tudo. As […]
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