Hoje, voltando para casa do Chelsea Market, vivi uma verdadeira experiência americana: vi os grandes heróis dessa nação, desde 11 de Setembro de 2001, em ação. Passando pela 14thSt vi um incêndio iniciado há pouco e – sem brincadeira – 14 caminhões e viaturas dos bombeiros. Confesso que fiquei encantada com a eficiência estratégica, a rua fechada em minutos pela polícia e, confesso de novo, olhei para aqueles homens vestidos como os vemos nos filmes, com aquelas escadas alçando voo rapidamente e hidrantes funcionando a todo vapor e decidi: são meus heróis também.
Olhando em volta, outra coisa me surpreendeu e cheguei a uma conclusão: o povo japonês ficou conhecido por fotografar e filmar tudo em viagens porque sempre teve grande tecnologia em fotografias. Mas, desde o advento das máquinas digitais, viramos todos japoneses. Em volta daquele incêndio, centenas de pessoas tiravam fotos e filmavam com seus aparelhos fotográficos, celulares, i-pads. Menos eu, que estava bem triste sem minha linda e nova câmera…
Viu como esse post ficou chato? Ele não tem imagens e nós estamos nos tornando cada vez mais visuais. Dá para parar e refletir que estamos desaprendendo a ver a vida com nossos próprios olhos. Precisamos ter sempre uma lente no caminho, entre nosso olhar e a realidade. De tanto registrarmos e documentarmos, quase não aproveitamos os fatos plenamente… Ou não?
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Para mim, a máquina digital possibilita compartilhar a nossa visão. Pelo menos um pouco dela. Eu, como tenho pouca memória, preciso fotografar tudo!
Jô, ando mesmo pensando nisso ultimamente. Acho que as pessoas não observam mais nada, só vão olhar depois as fotos em casa.
Recentemente tive a oportunidade de fazer um vôo panorâmico com mais dois casais no aviãozinho e, sério, eles não pararam de fotografar um segundo que fosse! Viram tudo só através da câmara.
E se for foto de gente, só vale se todos grudarem os rostos! 🙂
Beijo e boa volta ao mundo real!
Raquel
Raquel, de volta e feliz, uma ponta de tristeza de ter deixado a Marina lá…
Gosto muito da imagem, do poder de vizualizar algo. mas acho que a narrativa detalhada é mágica.Palavras tem um poder absolutamente fascinante na minha mente.
Jô,
numa manhã mais preguiçosa em Brasília, quis viajar pelo seu blog e narrativas de vida… impressões, gostos, referências, que acho muito parecidas com as minhas. A escada de incêndio no ap da sua filhota… adorei! Imagens de filmes – Audrey e Moon River…- vieram para mim. Em todos quis comentar.
Aqui finalmente parei para dizer que me angustia um pouco, nas câmeras digitais, o poder olhar se a foto ficou boa. Nas viagens mais importantes que fiz, levei a pesada e velha câmera analógica, rs. Via, gostava, tirava a foto e seguia em frente… se estava boa ou não, somente depois da revelação eu iria saber. É sempre um risco, a foto pode não ficar boa…
Mas, enfim, são escolhas. Vivenciar uma viagem pelo registro de suas imagens é uma forma também. Tudo depende do que o coração quer.
Sua narrativa é uma viagem muito querida! Obrigada! Bjo, Drix.
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