De uns tempos para cá, talvez pelas conscientizações que vêm com a idade, tenho me surpreendido com nossa capacidade do aprendizado constante. A proposta de sempre aprender algo novo é uma ginástica poderosa contra teias de aranha intelectuais, falência muscular generalizada e fermentação da preguiça que ronda nossas vidas. A graça de aprender novidades à medida que amadurecemos é que cada vez mais podemos aprender algo porque queremos e não porque precisamos, agora que não interessam mais as provas, as notas, a promoção.
Mesmo atividades retomadas depois de um tempo de abandono trazem a sensação de caixas fechadas que vão se abrindo e informações adormecidas surgindo, como um arquivo que deixamos num canto, guardando dados preciosos para um uso futuro. Uma amiga, grande tricoteira na juventude, me conta que resolveu, depois de uns 30 anos sem pegar em um novelo, voltar aos pontos e agulhas. Estranheza inicial superada nos primeiros minutos, logo voltando à habilidade pensada perdida como se nunca tivesse parado. Quantas coisas que fazíamos por prazer ou talento foram sendo deixadas por causa de filhos, profissão, compromissos, isso-não-dá-dinheiro. Talvez seja chegado o momento de abrir velhos arquivos.
Minha filha, aprendiz de doceira cada vez menos amadora, foi estudar panificação e confeitaria em NY. Ou seja, aprendeu a fazer pães e doces. Mas aprendeu mais: a cuidar de casa, de si mesma, de coisas que a vida em casa da família, protegida e facilitada, quase nunca ensina.
Eu, no jazz, desafio as leis da física. Ou melhor dizendo, do físico, que não obedece mais os comandos cerebrais. Mas sinto que melhoro um pouco a cada dia. Estou aprendendo, e isso me faz muito feliz.
E continuo querendo muito aprender a fazer carimbos. E pintar aquarelas. E a falar grego de verdade. E mexer com o Photoshop. Plantar uma horta. Receitas com soja. E cozinhar paella. A me maquiar. A dirigir Vespa.
Ter uma listinha do que queremos aprender é bem motivante. Focos de interesse a serem desenvolvidos ou simplesmente engavetados. Pois uma das coisas mais importantes que precisamos aprender é que simplesmente não dá para fazer tudo.
Imagem aquarela: Pinterest – juju loves polka dots. Carimbo e lã: Pinterest
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Oi Jô,
Eu com 54 anos, me considero uma eterna aprendiz e concordo com vc quando diz “:A proposta de sempre aprender algo novo é uma ginástica poderosa contra teias de aranha intelectuais, falência muscular generalizada e fermentação da preguiça que ronda nossas vidas.”
Vamos sempre em frente, pois sempre teremos algo a aprender.
Bj ,
Lylia
Jo, perdida no dia-a-dia eu tinha esquecido como gosto de aprender coisas novas ou reaprender coisas antigas que se tornam novas. Ler este post me deu vontade de pegar um caderninho para fazer minha lista do que quero aprender, pelo prazer de aprender. Adorei!
Jô! Adorei a sua máquina de fotografia! Vc me fotografa de um jeito e eu saio muito mais magra, mais leve, mais linda!!!…. Cadê o Fred Astaire que estava do meu lado? Parabéns pelo sempre delicioso blog! Um beijo.
Que bonito! =D
Oi,Jô!
Acho simplesmente maravilhoso a gente olhar para a frente e perceber que ainda há tanto para aprender! E outras tantas para “reaprender” também,né? (Rs…) Fiquei lendo as tuas palavras e me vendo nestas situações,como se fosse uma espécie de espelho… E isso é tão humano e encantador!
Também tenho tentado descobrir novos caminhos,antes por mim nunca trilhados… E tenho me surpreendido comigo mesma e a nossa capacidade humana de realização. Não falo sobre “coisas grandiosas”,mas daquelas pequenas coisas da vida que nos remetem à adoráveis satisfações.
São sensações que só o tempo pode explicar… Detalhes que nos fazem bem à alma!
Fiz um post esta semana que fala nas entrelinhas sobre isso… E me trouxe a delicadeza de “corações coloridos”. Pequenas e singelas artes que nos fazem voar cada vez mais longe… Parabéns para todos aqueles que não desanimam pelo caminho, e buscam ser os verdadeiros “aprendizes do tempo”!
Beijo carioca pra ti!
Teresa
Como de costume, adorei teu texto Jo. Quero aproveitar e contar uma novidade que tem tudo a ver com isso. Com quase 52 de idade devo voltar a estudar no inicio do proximo ano. Estou fazendo o possivel pra ser aceita em artes graficas… vamos ver… bjos Zéia
Zeia, super notícia! Boa sorte!
Andrea e Dani, obrigada pela visita.
Maria Amélia, nossa fot não ficou boa… usei outra, como deu pra reparar….Uma hora dá certo.
Tânia, vai com calma na listinha. Precisa ser gostoso!
Lylla, vou visitar teu blog!
Adorei também! Sabe que o curso de comida vegetariana está sendo muito usado aqui em casa? Já fiz pão duas vezes e estou me achando o m-á-x-i-m-o! Vc vai provar em breve. A minha lista já existe, só na teoria por enquanto. Mas é assim que funciona né? É o primeiro movimento rumo a concretização. Bjs queri
Verissimo!
L’uomo impara sempre, perchè impara dai propri errori. Più dagli insuccessi che dai successi.
Chi crede di sapere tutto e che non ha più nulla da imparare dimostra solo stolida arroganza. E’ arido.
E se è vero, come diceva Socrate: “Più so e più so di non sapere”, allora dobbiamo imparare sempre e sempre di più.
In questo tempo, inoltre, che ci aliena dalle COSE per trasportarci ad una conoscenza teorica, omologata, relazionale, in cui il FARE si riduce al CONSUMARE, godiamo del fascino di imparare cose in apparenza semplici, ma in realtà ESSENZIALI, concrete, ritornate ad un livello materiale, come fare un dolce, riparare un mobile, dipingere una vecchia persiana…
Un abbraccio
Fabri
E è a Leros che possiamo ritornare da vero a essere essenziali. Mi manca quel posto. Mi mancate voi.
Baci.
he, he!
Pois eu moro em cidade de descendentes de italianos e não entendo nada de italiano! Quem sabe aprendo, algum dia?…
Acho que ter na cabeça sempre uma ideia a executar é um dos segredos da juventude.
Uma das coisas que quero fazer, no momento, é voltar a usar manequim 38. rs Para isso, voltei a correr.
Para o futuro estão na lista de desejos: curso de marcenaria, gastronomia e voltar ao patchwork.
Quanto ao título que me deu, de “rainha dos detalhes”, achei graça, mas quero a coroa, então! rs
Abraço!
Laély, manequim 38 é um sofrimento… Dá pra ser feliz no 40, basta a gente aprender isso…
Oi Jooo… Que texto lindo … Eh cada dia uma lição nova!!
Quero ir para NY com sua filha please !!!rs!!
Um bj doce e bom fim de semana!
Roberta, Marina e eu vamos falar muito sobre NY em nossos blogs. Vai parecer que você está lá!
Trabalhei 30 anos na mesma empresa, nos últimos anos com bastante estresse, coisa “comum” hoje em dia. Meu equilíbrio sempre foi as atividades paralelas que fazia, como jardinagem, ponto-de-cruz, curso de inglês…
O artesanato é algo que sempre esteve presente desde a minha infância, quando tive a oportunidade de estudar em colégio de freiras e aprender muitas técnicas, com materiais os mais inusuitados. Tirei proveito disso na fase profissional.
A satisfação de dominar algo novo é indescritível.
Sua filha vai atrás dos sonhos, isso é ótimo!
Um trabalho bem executado, com criatividade, riqueza de detalhes e personalidade, tem grande valor.
Entregar-se, jamais!
Bom final de semana!
Oi Jô, sai de casa com 17 anos para fazer a faculdade que escolhi e na qual atuo até hoje, com paixão! Foi uma das melhores coisas que meus pais me legaram. A possibilidade de contar comigo mesma e de ser responsável pelas minhas escolhas.
Marina vai aprender muitas coisas, mas o melhor de tudo é que se conhecerá melhor.
Boa sorte e desejos de sucesso para sua filhota que alça voo.
Abraços
Re
É, Regina, autonomia é o melhor presente que podemos receber de nossos pais.
Che belle le immagini di questo post, come le altre nel tuo blog 🙂
Ps: hai scritto giusto, nel mio commento DONI, e non DONNI.
Brava 🙂
Ciao. elena°*°
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Oi Jô, adorei este seu post e o vídeo que você colocou no final.
Manter o espírito de aprendiz é uma das tarefas mais difíceis na vida, mas é o que nos traz a alegria da descoberta. A possibilidade de renovação.
Abraço
[…] Sempre aprendendo […]
[…] Terra. Faça seu melhor. Não perca a esperança. (Você nunca sabe o que o amanhã vai trazer). Continue aprendendo. Deseje o que você já tem. Acredite em algo maior que você. Mantenha-se ligado aos amigos e à […]
[…] Sempre aprendendo Paixões […]
[…] A madeira, na verdade, levei do Brasil para Leros. Precisávamos de mais uma bandeja para o café da manhã e de um porta-guardanapos à prova de vento. E a bandeja é dupla-face: a parte de trás combina com o porta-guardanapos, chiquérrimo. E usando os famosos carimbos. […]
[…] a parede, que não sei nem por onde começar a fazer. Aliás, sei sim. Vou fazer aula de pintura. Adoro aprender coisas novas. Vamos […]
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